China vai elevar preços para compras de grãos e apoiar setor de criação animal
A alta nos preços do milho também levou as empresas de ração animal a utilizarem mais trigo, limitando a oferta do grão (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
O governo da 💥️China afirmou nesta sexta-feira que elevará os preços mínimos para compras de 💥️trigo e arroz e expandir as áreas semeadas com 💥️milho neste ano, reiterando planos anteriores de incrementar a produção de 💥️grãos após uma disparada dos preços no ano passado.
As medidas, apresentadas pelo premiê Li Keqiang e pela agência estatal de planejamento econômico em relatórios anuais ao parlamento, também ocorrem depois de a pandemia de 💥️Covid-19 gerar temores quanto à segurança alimentar no país, o mais populoso do mundo, no ano passado.
“Garantir que nossa população tenha alimentos o suficiente continua sendo uma prioridade máxima de nosso governo. Nós estamos decididos a garantir a segurança alimentar de nossas 1,4 bilhão de pessoas, e sabemos que podemos conseguir isso”, disse Li em seu relatório de trabalho de 2023.
A China compra trigo e arroz grãos básicos de alimentação dos agricultores a um preço mínimo quando a cotação de mercado cai abaixo desse nível, a fim de apoiar a produção de alimentos.
O governo reduziu esses preços de suporte em 2018, após os estoques de grãos dispararem. Neste ano, porém, elevou o preço mínimo do trigo pela primeira vez desde 2014, em meio a um foco renovado na segurança alimentar.
A alta nos preços do milho também levou as empresas de ração animal a utilizarem mais trigo, limitando a oferta do grão.
Reconhecendo a competição entre soja e milho por terras, o órgão estatal de planejamento priorizou aumentar a área cultivada com milho e disse que a produção de soja deve permanecer estável neste ano, alterando as tendências de grandes aumentos de produção vistas em anos anteriores.
O planejamento estatal também destacou a necessidade de seguir reconstruindo e estabilizar a produção de suínos, além de desenvolver os setores de bovinos e ovinos.
A China precisa garantir a segurança de recursos de reprodução animal e vegetal até 2025, acrescentou Li, mas nenhuma meta específica foi definida para a comercialização de culturas geneticamente modificadas.
Em conversa com jornalistas no parlamento, o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais chinês, Tang Renjian, disse que a pasta está estudando um plano para ajudar o setor de criação animal a reduzir a lacuna frente a países estrangeiros.
“Vamos nos esforçar para vencer essa batalha em cerca de dez anos de trabalho duro”, afirmou.
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