Ao contrário do que vê o BTG, brilho da Marfrig nos EUA pode surpreender em 2023

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Receita da Marfrig no EUA poderia encolher este ano, mas a produção local e consumo não avalizam totalmente (Imagem: Reuters/Aly Song)

O olhar que o 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11) fez do futuro da 💥️Marfrig (💥️MRFG3) nos Estados Unidos, em 2023, pode não ter um brilho mais apagado do que o observado na análise, no balanço geral daquele mercado.

Se somado o disponível ao consumo interno (ainda sem o pacotaço de 💥️Joe Biden assinado) e externo, talvez não seja tão ruim para uma das maiores produtoras globais de hambúrgueres e que dependeu das operações americanas em aproximadamente 72% da receita líquida e de 80% do Ebitda, em 2023.

Pelo ângulo da disponibilidade de oferta, os 💥️analistas do banco destacaram, em relatório nesta quinta (11), que as perspectivas serão menos atraentes que o ano anterior pelo volume crescente de produção naquele mercado, notado em 3% anual, e que também neste se repetiria.

As conclusões de último Outlook do 💥️Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (💥️USDA), de fevereiro, não parecem tão desfavoráveis. Inclusive por ressalvas de algumas consultorias globais de inteligência de mercado, entre as quais a AHDB, do Reino Unido.

A produção de 💥️carne de boi está projetada para 12,4 milhões de toneladas, apenas 1% acima de 2023. Ano que não teve crescimento de 3% sobre 2023, como avaliou o BTG, mas foi levemente inferior. Portanto, sem excedente algum.

Mas claramente o relatório do governo americano não levou em conta o severo inverno que se abateu sobre as pradarias, de estados produtores pouco acostumados ao frio intenso do Leste e Norte do país.

E isso, para avaliações como a da AHDB, pode cortar a estimativa de aumento de 8,1 kg no peso médio da carcaça de boi registrada pelo USDA sobre o início de 2023.

Outro ponto a destacar, ainda sobre o viés da produção, é que das 93,6 milhões de cabeças do rebanho bovino em 1º de janeiro, 0,2% de recuo sobre o mesmo dia do ano anterior, houve queda na quantidade de vacas e na safra de bezerros, o que deve dar suporte para os preços já no primeiro semestre.

Consumo

Além desse cenário, o USDA também demostrou que o ritmo de abate cresceu 3,7% em apenas no 1,5 mês do ano. E as exportações deverão aumentar 6% até dezembro, contrastando com a queda de 5% o ano passado, quando totalizou 1,2 milhão de tonelada.

A perspectiva desse corredor de consumo vem da 💥️China, que em 2023 importou 30,9 mil/t, mais 290%.

Com modesto crescimento da produção – e sob dúvidas & e projeções do consumo se elevando – e antes dos US$ 1,9 trilhão do Biden -, a Marfrig pode se dar bem novamente tanto nas exportações das unidades sul-americanas quanto nas operações da subsidiária americana National Beef.

E por hora, o contrato do boi gordo em Chicago, para junho, já tem ganhos de mais de US$ 2 sobre a cotação do centun weight (cwt), equivalente a 100 kg, verificada em 2 de março. Caminha para fechar nesta sexta (12) perto de US$ 120.

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