Entrevista: Banking as a Service, a nova aposta da CSU

Ricardo Leite, diretor de RI da CSU

Ricardo Leite, diretor de Relações com Investidores da CSU (Imagem: Divulgação/CSU)

Se, por um lado, 2023 foi especialmente difícil para os negócios mais tradicionais, como o 💥️varejo físico, por outro, representou um marco para algumas empresas do setor de 💥️tecnologia. Embaladas pela tendência da digitalização, que ganhou impulso com as restrições de deslocamento para conter o avanço do 💥️coronavírus, essas companhias encontraram novas vias de crescimento e conseguiram prosperar mesmo diante de um cenário desafiador. Esse é o caso da 💥️CSU Cardsystem (💥️CARD3).

A pandemia fez com que as empresas brasileiras reavaliassem a estrutura das suas operações e começassem a investir mais nos canais digitais, contribuindo para que a CSU tivesse um ano marcante. Além de ter expandido sua base de clientes (💥️iFoodbanQi e 💥️Valid [💥️VLID3] estão entre os novos nomes da carteira), a companhia de soluções para meios de pagamento e customer experience apresentou ao longo dos trimestres 💥️um conjunto de resultados positivos que levou a números recordes tanto em termos de receita quanto de lucro e Ebitda em 2023.

Agora, em 2023, a CSU se prepara para lançar uma nova área que está conquistando espaço no mercado com a crescente demanda por produtos e serviços mais ágeis e que facilitam as transações do dia a dia: o Banking as a Service (BaaS).

Ampliando os negócios

O último ano saiu melhor do que o esperado para a CSU. Ricardo Leite, diretor de Relações com Investidores da companhia, contou em entrevista para o 💥️Money Times que a empresa, preocupada com questões de fluxo financeiro, realizou captações financeiras que no fim se mostraram até desnecessárias.

Segundo o executivo, a companhia conseguiu superar os desafios graças a uma combinação de realocação do ambiente de trabalho (na unidade CSU.Contact, todos os funcionários migraram para o regime de 💥️home office), manutenção do nível de qualidade e atendimento aos clientes, resiliência das operações atrelada à receita recorrente e, claro, evolução tecnológica.

Na área de atendimento, a CSU ampliou o portfólio de soluções de automação para facilitar e otimizar o tempo de operação aos consumidores finais. Na parte de cartões, especialmente para o 💥️e-commerce, a empresa já trabalha com o “CVV dinâmico”, no qual o código de verificação do cartão muda a cada transação, garantindo mais segurança na hora da compra.

“Essas iniciativas digitais estão efetivamente facilitando nossas operações, promovendo maior rentabilidade dos nossos negócios e, da mesma maneira, a redução de custos aos nossos clientes emissores e contratantes de atendimento. Está sendo uma operação ganha-ganha”, afirmou Leite.

O desenvolvimento de uma área de BaaS abrirá novos caminhos de exploração para a CSU. A companhia, que tem o projeto como principal foco no momento, pretende entrar com a solução ao longo do segundo trimestre.

“Nesse ano, vamos implementar uma operação absolutamente completa e robusta de Banking as a Service”, disse Leite.

O diretor de RI chamou atenção para as oportunidades que o BaaS pode trazer não só para a companhia, mas à indústria como um todo. Segundo o executivo, a evolução digital tem estimulado o mercado a olhar para a prestação de serviços financeiros de uma maneira diferente.

Com o BaaS, empresas de diversos setores podem oferecer serviços bancários aos próprios clientes, evitando burocracias e tornando suas operações financeiras mais personalizadas.

“Vamos ter uma série de empresas não bancárias que vão estar promovendo a oferta de serviços financeiros para seus consumidores finais”, destacou Leite. “As mais diversas áreas vão estabelecer negócios financeiros para seus clientes, […] tendo resultado de lucratividade com esse tipo de operação ao mesmo tempo que transmitem vantagens e facilidades que podem significar fidelização maior”.

Varejistas, seguradoras e até instituições educacionais podem promover condições especiais de serviços, desde 💥️crédito a soluções de 💥️seguros e 💥️investimentos, com o BaaS – todos atrelados à própria oferta para garantir uma experiência mais completa ao cliente.

A expectativa da CSU é de que o BaaS esteja efetivamente dentro das suas ofertas de soluções daqui a três ou seis meses.

Próximos passos

CSU Cardsystem

A implantação da nova área de Banking as a Service pela CSU acontecerá ao longo do segundo trimestre (Imagem: CSU Cardsystem/Divulgação)

A CSU está mais atenta a potenciais acordos de 💥️fusões e aquisições. De acordo com Leite, a companhia sempre teve a agenda M&A como um ponto de atenção, mas encontrava dificuldade de executá-la, pois, até alguns anos atrás, a área de meios de pagamento era muito limitada. E na parte de atendimento, quando as novas tecnologias ainda não estavam presentes no mercado, a companhia não estava interessada em comprar outra empresa de call center.

O cenário é outro agora. A CSU está debruçada no trabalho de identificar oportunidades no mercado, tanto que anunciou nesta segunda-feira 💥️um investimento de R$ 10 milhões para a compra de participação minoritária no Fitbank, fintech de soluções de meios de pagamento e C

“Se vemos o período de 2010 a 2018, estamos falando de um mercado bancário totalmente consolidado e o 💥️Banco Central sempre preocupado. Muitas iniciativas e intenções, mas com poucas facilidades para efetivamente fazer novas conquistas”, destacou o executivo. “Com a tecnologia e, depois, com a disposição regulatória, essa questão está se configurando de forma totalmente diferente. Hoje, o mercado vai se ampliando de uma maneira nova. É uma avenida de crescimento”.

O que você está lendo é [Entrevista: Banking as a Service, a nova aposta da CSU].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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