Dólar cai 2,2% com correção global e fecha a R$ 5,63
O dólar à vista fechou esta quarta em queda de 2,23%, a 5,6304 reais na venda (Imagem: Pixabay /HeungSoon )
O 💥️dólar (💥️USDBRL) sofreu na última sessão de março a maior queda percentual em três semanas, puxado por desmonte de posições em meio à correção da moeda no exterior e a ajustes ligados à formação da Ptax de fim de mês, repercutindo ainda falas de líderes do 💥️Congresso a respeito do combate à pandemia.
Mas o câmbio continua cercado de fatores de incerteza que podem se estender para o novo trimestre. O mercado continua incomodado com o sinal negativo emitido pelo imbróglio orçamentário e, apesar de aguardar aceleração da vacinação no país, agora tem de lidar com surgimento de mais variantes do 💥️coronavírus num país que hoje é, de longe, o epicentro da pandemia no mundo.
O dólar à vista fechou esta quarta em queda de 2,23%, a 5,6304 reais na venda, após oscilar entre 5,778 reais (+0,33%%) e 5,6224 reais (-2,37%%).
A cotação teve a maior baixa percentual diária desde o último dia 10 (-2,39%).
No mês, o dólar subiu 0,50%, depois de chegar a acumular alta de 3,39% até 9 de março, quando a moeda fechou perto de 5,80 reais.
No mês, o dólar subiu 0,50%, depois de chegar a acumular alta de 3,39% até 9 de março (Imagem: Pixabay)
Março foi marcado por aumento de dúvidas acerca da situação fiscal do Brasil e por incertezas relacionadas à postura do 💥️Banco Central no mercado de 💥️câmbio, mesmo depois de o BC elevar a Selic em ritmo mais forte para conter a inflação, num momento em que a alta de preços no mundo empurra as taxas de juros nos países desenvolvidos para cima, pressionando moedas de mercados emergentes.
Em 2023, o dólar salta 8,45%, o que deixa o real na terceira pior posição entre 33 pares do dólar & melhor apenas que peso argentino e lira turca.
Nesta quarta, operadores de câmbio venderam dólares seguindo a fraqueza da moeda no exterior, sobretudo contra pares emergentes. O dólar caía 1,9% ante o peso colombiano e cerca de 1% contra peso chileno, rand sul-africano e lira turca, por exemplo.
As rolagens de contratos futuros de câmbio na esteira da disputa mensal pela formação da Ptax de fim de mês também puxaram o dólar para baixo. Embora alguns analistas avaliem que o preço do dólar tenha ficado esticado ao se aproximar de 5,80 reais, há pouca convicção de que as pressões sobre a moeda vão diminuir no curto prazo.
O 💥️Bradesco (💥️BBDC4) elevou nesta quarta sua expectativa para o dólar ao fim de 2023, de 5,30 reais para 5,60 reais. “As incertezas fiscais têm elevado os prêmios de risco, piorado as condições financeiras e impedido que haja estabilização da taxa de câmbio, adicionando incerteza ao cenário”, disse o banco em nota na qual comunicou corte na projeção para o desempenho do PIB e aumento nas estimativas para inflação e juros.
O Bradesco elevou nesta quarta sua expectativa para o dólar ao fim de 2023, de 5,30 reais para 5,60 reais (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
O banco ressalvou, porém, que os números pressupõem a manutenção formal e o cumprimento das regras fiscais, além do manejo apropriado da pandemia, que possibilitará a reabertura de boa parte dos setores ainda neste semestre. A discussão recente no mercado é sobre risco de descumprimento do teto de gastos diante da confusão criada em torno do Orçamento de 2023, considerado inexequível.
O relator-geral do Orçamento, senador 💥️Marcio Bittar (MDB-AC) decidiu que irá cancelar as emendas de sua autoria, num total de 10 bilhões de reais, assim que a Lei Orçamentária de 2023 for sancionada.
Enquanto no exterior especialistas veem a continuação da recuperação do dólar & o que seria um revés adicional ao real& , aqui o 💥️UBS BB vê drivers domésticos como mais relevantes.
Enquanto no exterior especialistas veem a continuação da recuperação do dólar (Imagem: Pixabay)
“Se a inflação provar ser mais persistente do que o consenso e o BCB esperam atualmente e as expectativas de inflação para 2022 começarem a subir acima da meta de 3,5%, então a independência do novo BC vai ser testada pelos mercados”, disse em nota recente o economista Fabio Ramos, na qual elevou a projeção para o dólar ao fim de 2023 de 4,95 reais para 5,30 reais.
“Esperamos que as condições financeiras se tornem menos amigáveis para os emergentes no segundo semestre, e o ponto de partida para o real enfrentar esse ambiente externo mais desafiador no segundo semestre provavelmente dependerá do progresso da agenda de reformas”, completou.
Algumas casas têm um cenário ainda mais pessimista para o real & caso do Société Générale, que prevê dólar de 6,20 reais ao término do segundo trimestre, por “fracos elementos domésticos” e “ambiente externo menos favorável”.
A equipe de estratégia do 💥️Credit Suisse no exterior acredita que o dólar testará patamares em torno da faixa de 5,87-5,97 reais. “Apenas um claro rompimento desses níveis, porém, sugeriria uma retomada da tendência de alta e confirmaria um grande padrão de continuação de ‘triângulo’ de alta, com a próxima resistência em 6,31 reais e, depois, em 6,50 reais”, disse o banco.
A máxima recorde do dólar para fechamento é de 5,9012 reais e foi alcançada em 13 de maio do ano passado.
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