Dólar fecha em queda de 0,60%, a R$ 5,6798
O dólar à vista fechou esta segunda-feira em queda de 0,60%, a 5,6798 reais na venda (Imagem: Reuters)
O 💥️dólar começou a semana em queda frente ao real, captando algum alívio no noticiário sobre o Orçamento e, por conseguinte, em novos questionamentos sobre a permanência do ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, no cargo.
A moeda, porém, fechou a alguma distância das mínimas intradiárias e perto das máximas, evidência do grau de desconforto com o tema que ainda aflige o mercado.
O dólar à vista fechou esta segunda-feira em queda de 0,60%, a 5,6798 reais na venda, após oscilar entre 5,6845 reais (-0,52%) e 5,6341 reais (-1,40%).
A moeda foi à mínima do dia ainda pela manhã, quando o mercado repercutiu mais visivelmente informações sobre acordo entre a equipe econômica do governo e líderes do 💥️Congresso sobre o Orçamento 2023, segundo disse à Reuters uma fonte próxima às negociações.
O Orçamento endossado pelos parlamentares duas semanas atrás causou alvoroço no mercado por, nas avaliações de analistas e de integrantes do próprio governo, trazer estimativas irreais de gastos e receitas e pelo robusto volume de emendas parlamentares, em mais uma evidência da dependência do governo em relação a alguns grupos de congressistas, sobretudo o centrão.
O mal-estar deixou o presidente 💥️Jair Bolsonaro entre a equipe econômica e o Congresso e trouxe de volta ao radar debate sobre a permanência de Paulo Guedes no cargo. O ministro havia classificado a peça orçamentária como “inexequível”.
“Acho que, com isso (o suposto acordo), a questão da saída do Paulo Guedes perdeu bastante tração”, disse Roberto Motta, responsável pela mesa de derivativos da Genial Investimentos, segundo o qual, com os rumores em torno da saída do ministro se espalhando, os estrangeiros compraram entre quarta e quinta-feira 76 mil contratos futuros de dólar no mercado local.
“Mas se a turma do fura-teto ganhar importância, ganhar mais verbas, talvez eu não descarte a saída de Paulo Guedes. (…) A gente vai conviver com essas idas e vindas daqui até as eleições (de 2022)”, completou.
Em participação em evento virtual da XP, Guedes mostrou seu costume otimismo com a economia ao voltar a falar de desestatizações, avaliar que as reformas administrativa e tributária serão aprovadas neste ano e lembrar os leilões de concessões nesta semana.
Guedes ressalvou, porém, que vetar o texto do Orçamento sua ideia preferida é politicamente “complicado”.
Guedes “começou muito bem o evento, mas já adota a sua retórica de voltar no tempo e na história de séculos atrás para explicar o presente. Acho que, nesses momentos, ele se perde um pouco”, avaliou Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, segundo o qual as expectativas são de baixa adesão de estrangeiros nos leilões de concessões desta semana.
Mais cedo, investidores analisaram falas do presidente do 💥️Banco Central, 💥️Roberto Campos Neto, ao Estadão. Campos Neto reforçou que o BC está preocupado com as contas públicas, disse que o Orçamento pode aumentar o risco fiscal e atrapalhar a política monetária e reafirmou que a autarquia não faz política de juros olhando para a taxa de câmbio.
Alguns no mercado entenderam que, com uma preocupação adicional para o BC (o Orçamento), há risco de mais impacto sobre a inflação, o que levaria o BC a subir os juros além do que ele próprio tem indicado & movimento que seria em teoria benéfico ao real.
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