Mercado piora estimativas para déficit primário em 2023 e 2022
Também houve piora no resultado esperado para 2022, para quando o déficit esperado agora é de 170,2 bilhões de reais (Imagem: Reuters/Bruno Domingos)
O mercado financeiro piorou suas estimativas para o resultado primário das contas públicas tanto para este ano quanto para o próximo, embora tenha melhorado ligeiramente os prognósticos para o déficit nominal e a proporção dívida bruta/💥️PIB, conforme o relatório Prisma Fiscal de maio divulgado nesta quinta-feira.
O rombo primário que representa o resultado das contas do governo fora o pagamento dos 💥️juros da dívida pública deve ficar em 257,4 bilhões de reais em 2023, ante 250,3 bilhões de reais previstos no documento de abril.
Os números se referem às medianas das projeções.
Também houve piora no resultado esperado para 2022, para quando o déficit esperado agora é de 170,2 bilhões de reais, contra 162,7 bilhões de reais na estimativa do mês passado.
As metas de déficit primário para 2023 e 2022 são 247,1 bilhões de reais e 170,5 bilhões de reais, respectivamente.
Os números relativos ao resultado primário das contas públicas são acompanhados de perto pelas agências de classificação de risco por indicarem a consistência entre as metas de política macroeconômicas e a sustentabilidade da dívida.
Em outras palavras, são uma medida importante da capacidade do governo de honrar seus compromissos.
O resultado nominal, que inclui as despesas com juros, observou leve melhora em termos de expectativas do mercado, para um rombo de 561,3 bilhões de reais em 2023 (-563,6 bilhões no número de abril).
Em 2022, o saldo negativo deve ficar em 519,4 bilhões de reais, ante 531,8 bilhões de reais da previsão anterior.
As agências de risco também monitoram com atenção a razão entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), que oferece uma sinalização sobre riscos de rolagem.
No Prisma Fiscal de maio, analistas de mercado reduziram moderadamente as previsões para a dívida/PIB em relação aos dados de abril: de 89,49% para 88,95% em 2023 e de 91,00% para 90,60% em 2022.
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