Cielo não sairá do atoleiro tão cedo, apontam analistas

Cielo

Ainda segundo eles, as condições ainda permanecem desafiadoras, com as receitas pressionadas pela maior participação das transações de débito (Imagem: YouTube/Cielo)

A 💥️Cielo (💥️CIEL3), mesmo entregando 💥️resultados considerados bons no primeiro trimestre, ainda demorará para engatar uma recuperação mais forte, aponta a 💥️Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes.

A corretora cortou o preço-alvo das ações da empresa de R$ 5 para R$ 3,90, o que implica potencial de alta de 8%. A recomendação foi mantida em neutra.

Para os analistas Otavio Tanganelli e Luiza Mussi, a companhia negocia com um preço sobre lucro (P/L) de 11,5 vezes para 2022, “o que não consideramos atraente neste momento, todo o resto mantido igual”.

Ainda segundo eles, as condições ainda permanecem desafiadoras, com as receitas pressionadas pela maior participação das transações de débito, impacto de maiores despesas com ISS (Imposto Sobre Serviços) e competição de preços.

Além disso, a dupla prevê números mais baixos para a operadora de maquininhas, com lucro líquido recorrente de R$ 694 milhões em 2023 e R$ 850 milhões em 2022, em linha com o consenso para o próximo ano e, portanto, apontando para revisões limitadas de ganhos.

“Em nossa opinião, as ações não devem ter um gatilho no curto prazo para reavaliar, a menos que vejamos uma recuperação mais pronunciada nos volumes de crédito, condições competitivas aliviando a pressão sobre os preços ou um potencial desinvestimento de subsidiárias que atualmente representam um obstáculo considerável para resultados”, destacam.

Desinvestimentos podem ser a solução

Na visão da equipe de analistas, a venda de subsidiárias não lucrativas podem ser um catalisador importante para as ações.

Segundo cálculos, esses empresas estão atualmente corroendo de R$ 30 a R$ 40 milhões por trimestre do lucro consolidado da Cielo, sem grandes sinais de melhoria.

“Digno de nota, o último valor contábil reportado da MerchantE foi de R$ 421 milhões no primeiro trimestre (cerca de 4% do valor de mercado atual da Cielo), o que pode ser visto como uma referência de avaliação potencial”, dizem.

Já a Cielo USA apresentou valor contábil negativo de R$ 1,58 bilhão, devido a prejuízos acumulados.

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