Garimpeiros atacam base do ICMBio em Roraima, fazem reféns e ameaçam fiscais
De acordo com o relato dos servidores, tem havido na região ameaças constantes aos fiscais e demais servidores do ICMBio na região (Imagem: Lucio Santos/ICMBio)
Um grupo de oito garimpeiros invadiu a base do 💥️ICMBio na Estação Ecológica de Maracá, em 💥️Roraima, fez três brigadistas reféns e roubou materiais apreendidos em uma operação de fiscalização feita na unidade e também equipamentos do próprio órgão, de acordo com relato feito por um dos servidores e confirmado pelo ICMBio em 💥️Brasília.
De acordo com o relato, repassado à Reuters por uma fonte com acesso aos servidores atacados, os oito homens, encapuzados e armados com fuzis, invadiram a base, no norte de Roraima, e obrigaram os três brigadistas a levar os equipamentos para eles até o porto da base, que fica às margens do rio Uraricoera, que marca o limita da unidade de conservação e dá acesso à Terra Indígena Ianomâmi.
De acordo com o relato, os garimpeiros “buscavam agentes de fiscalização do ICMBio e disseram que se tivessem encontrados fiscais eles não seriam poupados.
Durante a saída foi dito que eles estavam monitorando todos os servidores e que iriam queimar as viaturas do órgão caso encontrassem alguma”.
Em nota, o ICMBio confirmou o ataque e informou que a 💥️Polícia Federal foi acionada.
“A Polícia Federal foi acionada e já está com investigação em andamento, contando com apoio integral do ICMBio e demais órgãos governamentais”, diz o texto enviado à Reuters.
De acordo com a fonte ouvida pela Reuters, os brigadistas fugiram para a mata depois de serem liberados pelos garimpeiros, mas antes avisaram por rádio sobre o ataque.
O ICMBio organizou uma equipe de resgate para tirá-los do local onde se esconderam e a unidade está fechada por enquanto.
De acordo com o relato dos servidores, tem havido na região ameaças constantes aos fiscais e demais servidores do ICMBio na região.
A Estação Ecológica de Maracá faz divida com a Terra Indígena Ianomâmi, uma das mais atacadas pelo garimpo ilegal. A estimativa de ONGs que atuam na região é de que mais de 20 mil garimpeiros ilegais atuem na área e os conflitos e ataques são constantes.
Há 10 dias, indígenas relataram ataques de garimpeiros às aldeias, inclusive quando havia a presença de policiais federais na área.
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