Para retomada, Lojas Americanas é melhor que Magazine Luiza e Via
O varejo físico da Lojas Americanas aproveitará o aumento do tráfego de pessoas nas ruas no cenário de reabertura (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
A 💥️Lojas Americanas (💥️LAME3;💥️LAME4) tem o melhor modelo de reabertura entre as empresas do setor de 💥️varejo. Segundo a 💥️XP Investimentos, as lojas físicas da companhia podem ser beneficiadas pela retomada da economia.
Diferentemente do 💥️Magazine Luiza (💥️MGLU3) e da 💥️Via (💥️VVAR3), a Lojas Americanas aproveitará o aumento do tráfego de pessoas nas ruas no cenário de reabertura, uma vez que seu varejo físico é focado em compras feitas por impulso e com menor ticket médio.
“Além disso, enxergamos uma menor probabilidade de canibalização entre os canais, dado que o mix de produtos e ocasiões de compra diferem entre as lojas físicas (mais concentradas em itens de conveniência como alimentos, bebidas e higiene) e o canal digital (eletrônicos, pets e games)”, acrescentaram Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas de Varejo da corretora.
Fusão com B2W
No fim de abril, os conselhos de administração da Lojas Americanas e da sua controlada 💥️B2W (💥️BTOW3) aprovaram a proposta de união entre as duas empresas, o que pode levar a uma listagem do grupo nos 💥️Estados Unidos no curto prazo.
Segundo a XP, a fusão pode eliminar as burocracias desnecessárias e aumentar a agilidade da Americanas (AMER3), nova companhia que surgirá após a combinação de negócios, em termos de ajuste de modelo e condução de fusões e aquisições.
“A nova estrutura corporativa também deve ajudar a maximizar os ativos atuais, principalmente a Ame e LET’s, reduzindo preocupações com possíveis conflitos de interesses futuros entre Lojas Americanas e B2W”, comentaram os analistas. “Por fim, enxergamos sinergias fiscais através da utilização dos prejuízos acumulados da B2W (R$ 3 bilhões ao fim do primeiro trimestre de 2023) para a redução do pagamento de impostos da nova companhia – estimamos que os créditos fiscais possam gerar um Valor Presente Líquido (VPL) de R$ 2,3 bilhões, ou R$ 2,5/ação de Americanas”.
Ainda de acordo com a XP, a fusão cria a possibilidade de uma reavaliação da Americanas, que passará a ser analisada como uma competidora direta de outros players de 💥️e-commerce, negociando com base no múltiplo EV/GMV (valor da empresa sobre volume bruto de mercadorias).
Considerando que a empresa negocia atualmente em 0,8 vez EV/GMV & enquanto Magazine Luiza é negociado em 2,3 vezes & e assumindo uma reavaliação para 1-1,2 vez EV/GMV em 2023, os acionistas de B2W e Lojas Americanas teriam um potencial de valorização entre 11% e 34%, mantendo-se o atual desconto de holding de 20% e o desconto entre LAME3 e LAME4 de 6%.
Os preços das ações da Lojas Americanas & tanto ordinárias quanto preferenciais & poderão cair após a fusão (Imagem: Renan Dantas/Equipe Money Times)
Como ficam as ações?
A XP destacou que os preços das ações da Lojas Americanas poderão cair após a fusão, visto que eles não representarão mais os ativos operacionais da empresa, mas uma parcela de 38,9% da Americanas.
No entanto, isso não significa que os investidores vão ter retorno negativo com a transação, pois eles também vão ganhar novas ações da Americanas.
A corretora atualizou os preços-alvo dos papéis da B2W e das ações preferencias da Lojas Americanas para R$ 94 e R$ 30, respectivamente (ante R$ 121 e R$ 36 anteriormente). A XP também apresentou um preço-alvo para a ação ordinária da Lojas Americanas, de R$ 28.
Após a fusão, com o risco das ações da Lojas Americanas caírem, o preço-alvo indicado tanto para as ações ordinárias quanto preferenciais da companhia é de R$ 12.
A XP também apresentou um preço-alvo para a Americanas, de R$ 82. A estimativa de início da negociação dos papéis é em meados de julho.
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