Reuters e New York Times vencem Pulitzer com reportagens sobre policiamento nos EUA e Covid-19

Reuters

O New York Times venceu o prêmio de jornalismo na categoria “serviço público” por sua “cobertura presciente e abrangente da pandemia do coronavírus (Imagem: REUTERS/Charles Platiau)

A Reuters, o New York Times, o Atlantic e o Minneapolis Star Tribune foram alguns dos vencedores nesta sexta-feira do Prêmio Pulitzer, por suas coberturas da pandemia de 💥️Covid-19 e das desigualdades raciais no policiamento norte-americano, tópicos que dominaram a cerimônia.

O Star Tribune venceu o Prêmio Pulitzer na categoria “furo de reportagem” para o que o conselho chamou de cobertura “urgente, autorizada e destaque” do assassinato de George Floyd nas mãos da polícia norte-americana em maio do ano passado, enquanto a Reuters e o Atlantic dividiram o prêmio na categoria “reportagem explanatória”.

O Pulitzer é a premiação de maior prestígio do jornalismo mundial e acontece desde 1917, quando o publisher Joseph Pulitzer deixou à Universidade de Colúmbia em 💥️Nova York um legado em seu testamento.

Em 2023, “os veículos de notícias do país enfrentaram a complexidade de cobrir sequencialmente uma pandemia, um acerto de contas racial e uma 💥️eleição presidencial duramente contestada”, disse Mindy Marques, co-presidente do Conselho do Pulitzer, na cerimônia de anúncio transmitida online.

O conselho destacou os repórteres da Reuters uma unidade da Thomson Reuters Andrew Chung, Lawrence Hurley, Andrea Januta, Jaimi Dowdell e Jackie Botts por sua “análise de dados pioneira”, que mostrou como uma obscura doutrina legal de “imunidade qualificada” protege os policiais que usam força excessiva de serem acusados.

A editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, disse em um comunicado que a série moldou o debate sobre como reformar o policiamento norte-americano.

“Em um ano de protestos tumultuosos sobre as mortes de negros americanos pela polícia, ‘Shielded’ foi uma obra de tremenda força moral sobre o problema que enfrenta a democracia mais poderosa do mundo, o legado da injustiça racial”, disse seu comunicado.

Os jornalistas da Reuters dividiram o prêmio de “reportagem explanatória” com Ed Yong do The Atlantic, que foi elogiado pelo conselho por “uma série de artigos lúcidos e definitivos sobre a pandemia de Covid-19”.

Muitos dos prêmios foram para a cobertura do policiamento e das manifestações globais que eclodiram após a morte de Floyd: a Associated Press venceu o prêmio de fotografia de notícia por suas imagens dos protestos, enquanto Robert Greene do Los Angeles Times venceu por seu trabalho acerca da reforma do sistema de fiança e prisões nos EUA.

O conselho também concedeu uma “menção honrosa” a Darnella Frazier, a adolescente que gravou o vídeo do assassinato de Floyd em seu celular, que destacou “o papel crucial dos cidadãos na busca dos jornalistas pela verdade e justiça”.

O New York Times venceu o prêmio de jornalismo na categoria “serviço público” por sua “cobertura presciente e abrangente da pandemia do coronavírus”.

O Boston Globe venceu em “reportagem investigativa” por descobrir uma falha sistemática dos governos estaduais no compartilhamento de informações sobre caminhoneiros perigosos que poderiam tê-los mantido fora das estradas.

O conselho do Pulitzer também reconhece realizações nas artes e Louise Erdrich venceu na categoria “ficção” por seu romance “The Night Watchman” sobre um esforço para deslocar tribos indígenas norte-americanas na década de 1950.

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