CPI pode convocar atual governador do RJ para apurar denúncias de Witzel
Requerimentos pedem convocação de Claudio Castro para falar sobre possível desvio de recursos de hospitais de campanha (Imagem: Rogério Santana/Governo RJ)
A 💥️CPI da 💥️Pandemia pode votar nesta terça-feira (22) a convocação do governador do 💥️Rio de Janeiro, Claudio Castro. Se os requerimentos forem aprovados, Castro deve ser chamado a depor sobre o suposto desvio de dinheiro público na instalação de hospitais de campanha para tratamento da 💥️covid-19. A comissão tem um total de 57 requerimentos na pauta.
A convocação de Claudio Castro foi sugerida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI. Eles querem descobrir se organizações sociais contratadas pelo governo estadual foram usadas para o desvio de recursos públicos. Outro requerimento sugere a convocação do secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
O suposto esquema foi denunciado pelo ex-governador 💥️Wilson Witzel, que depôs à CPI no dia 16 de junho. Para aprofundar essa linha de investigação, a comissão parlamentar de inquérito deve votar nesta terça-feira a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de sete organizações sociais com atuação no Rio de Janeiro. São elas:
Hospitais federais
Os parlamentares podem votar ainda requerimentos do senador Humberto Costa (PT-PE) para analisar contratos firmados entre o Ministério da Saúde e hospitais federais durante a pandemia. No depoimento à CPI, Wilson Witzel insinuou haver indícios de corrupção também nessas contratações. Há pedidos de informação para os seguintes estabelecimentos:
Dois requerimentos na pauta sugerem um novo depoimento de Wilson Witzel. Um pedido prevê a realização de sessão reservada da CPI, e outro propõe diligência externa para ouvir o ex-governador de forma secreta.
Um requerimento de convite prevê a realização de audiência pública com o governador do Piauí, Wellington Dias. Ele deve ser ouvido na condição de representante do Fórum dos Governadores.
“Motociata”
A comissão de inquérito pode votar requerimentos para apurar a realização de atos políticos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro. O senador Randolfe Rodrigues quer saber por que o presidente da República provocou aglomerações no Rio de Janeiro, com a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e em São Paulo.
As “motociatas” do presidente da República também são alvo de requerimento do senador Humberto Costa. Ele sugere que o Tribunal de Contas da União (💥️TCU) promova uma auditoria para esclarecer a origem de “todas as despesas com os eventos, inclusive gastos com pessoal, transporte e segurança”.
Redes sociais e sigilo
A convocação de representantes das plataformas 💥️Facebook e 💥️Google, que gerencia o 💥️YouTube comissão, também será analisada pela comissão. O senador 💥️Randolfe Rodrigues quer ouvi-los sobre a “avalanche de desinformações sobre a pandemia”. O vice-presidente da CPI é autor ainda de um pedido de informações ao Twitter sobre a exclusão de contas que disseminavam informações falsas sobre o enfrentamento ao coronavírus.
A CPI da Pandemia tem na pauta a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de 11 firmas ligadas ao empresário Carlos Wizard, apontado como financiador do “gabinete paralelo” da Saúde. Outro alvo das quebras de sigilo é Alex Lial Marinho, coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde.
Quilombolas
A CPI pode votar seis pedidos de informação que buscam investigar o enfrentamento à pandemia em comunidades indígenas e quilombolas. Os dados foram requeridos aos Ministérios Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Cidadania; e da Saúde, além da Secretaria de Governo da Presidência da República e da Controladoria-Geral da União (CGU). Os órgãos terão dez dias para apresentar as informações.
Outro requerimento na pauta pede que o Ministro da Defesa informe todos os registros de voo realizados pela médica Nise Yamaguchi e dois irmãos dela em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). O mesmo pedido já havia sido feito a quatro companhias aéreas comerciais.
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