BRF aproveita queda do milho para construir estoques, diz presidente
A gente tem que aproveitar esses momentos, porque não vale a pena deixar tudo para depois (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)
A companhia de 💥️alimentos 💥️BRF (💥️BRFS3) está aproveitando a baixa do preço do 💥️milho em junho para reconstruir estoques, disse à Reuters o presidente-executivo da 💥️empresa, Lorival Luz, em momento em que a alta de custos desafia as 💥️indústrias de 💥️carnes.
Após máximas históricas de mais de 100 reais, a saca de 60 kg do cereal em maio, segundo o indicador Esalq, recuou para cerca de 86 reais, registrando baixa de quase 14% no acumulado de junho, na esteira das cotações internacionais e com o mercado observando o início da colheita da segunda safra, a maior do país.
“A gente sempre aproveita os momentos de baixa para construir um pouco do estoque que a gente precisa para alimentar animais, para não correr o risco de ficar sem”, disse Luz, ao ser questionado sobre o recuo recente nos preços.
“A gente tem que aproveitar esses momentos, porque não vale a pena deixar tudo para depois.”
Contudo, o executivo reafirmou que não vê os preços do milho recuando para patamares de 50 a 60 reais, como os registrados no mesmo período do ano passado, diante da forte demanda para ração animal e da indústria de 💥️etanol.
Ele confirmou também que a companhia já fez importações de milho no Mercosul este ano, para lidar com a escassez no primeiro semestre, e que tem olhado a possibilidade de novas compras do cereal do 💥️Paraguai e da 💥️Argentina.
O CEO também não descartou aquisições do milho dos 💥️Estados Unidos, agora que o órgão de biossegurança do Brasil deu aval regulatório para importações de transgênicos dos EUA também aprovados no território nacional.
“Temos que olhar, olhamos Paraguai, Argentina, Sul, Centro-Oeste, olhamos todas as oportunidades, e vai de grão em grão, literalmente”, disse.
“Não consigo dizer sobre compra de milho dos EUA. Se e quando valer a pena, não tenha dúvida de que faremos, mas hoje ainda não fizemos nada.”
A entrevista foi feita nesta sexta-feira, quando a empresa anunciou que a subsidiária BRF Pet fechou contrato para a aquisição da Mogiana Alimentos, e informou que a operação, associada à aquisição recente do Grupo Hercosul, vai lhe dar cerca de 10% do mercado de ração para cães e gatos.
Segundo Luz, a BRF não fará novas aquisições de empresas de ração para pets no curto e médio prazos, já que as adquiridas vão garantir crescimento orgânico.
“De fato agora não é esperado e não estamos planejando aquisições no momento, queremos de fato consolidar, crescer. As duas empresas ainda têm capacidade disponível para sustentar um crescimento orgânico”, comentou, acrescentando que a companhia usou caixa próprio nas transações.
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