Suinocultura chinesa não tem fatos, tem versão para pressionar preços dos fornecedores
Maior produtor, mas também mais consumidor, China costuma tornar informações sobre porco questionáveis (Imagem: Unsplash/@natalieng)
Qualquer informação que venha da 💥️China a respeito do sensível setor de 💥️carne suína é sempre um completo mistério e cercada de desconfiança internacional. Geralmente é considerada mais versão que fato.
Como a mais recente, a de que haverá 💥️compra estatais para repor estoques e tirar das baixas os preços dos produtores.
Ao fim e ao cabo, Pequim vira e mexe tenta pressionar as 💥️exportações globais, como as do Brasil, a aceitarem seus preços.
“Temos informação de que estão fazendo ofertas inviáveis de fecharem as contas de alguns exportadores”, diz Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Uma hora é o plantel chinês, o maior produtor do mundo, perto de sua produção pré peste suína africana (PSA). Mas não convence. Isso é coisa para mais uns dois anos.
O 💥️USDA, por exemplo, que estima déficit interno de 15 milhões de toneladas, enquanto a produção vai a 40 milhões/t. Antes da doença, que retalhou a produção chinesa, a produção girava entre 54 e 60 milhões/t.
Então, os chineses vão comprar onde essa carne?
Aí, o mercado tem que ir costurando aqui e ali outras informações, sempre filtradas pelo governo, como a outra ameaça da doença.
Estaria havendo resiliência da PSA em algumas regiões e os produtores saíram abatendo matrizes e animais gordos temendo que os preços caíssem mais.
“Então, é possível que sejam com esses animais, em regiões com focos de problemas, que as autoridades pretendem enxugar do mercado”, conjectura Folador.
O movimento ajuda a manter o produtor no negócio de porco, coisa de segurança alimentar na nação que mais consome essa proteína no mundo.
E tira um pouco da força importadora chinesa, “mesmo que momentaneamente”, pensa o presidente da Acsurs.
Só em abril, as importações chinesas desde o Brasil subiram 50%, para cerca de 51,5 mil/t.
Em maio, na média geral das exportações da proteína de porco, a tonelada esteve em US$ 2,6 mil.
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