O ruído de Guedes
O novo Bolsa precisa estar pronto para funcionar a partir de novembro, quando está previsto o fim do pagamento do auxílio emergencial (Imagem: Agência Brasil /Marcelo Camargo/)
A estratégia do ministro 💥️Paulo Guedes de usar a taxação de dividendos prevista na💥️ reforma tributária para financiar o novo 💥️Bolsa Família desagradou ao ministro da Cidadania, João Roma.
Ao amarrar a reforma ao programa social, Guedes força o caminho para aprovar as mudanças que quer implementar no 💥️Imposto de Renda, mas corre o risco de atrasar uma agenda que é vitrine para o presidente 💥️Jair Bolsonaro na corrida pela reeleição.
O novo Bolsa precisa estar pronto para funcionar a partir de novembro, quando está previsto o fim do pagamento do 💥️auxílio emergencial.
Ele também precisar estar previsto no Orçamento de 2022, que o governo tem que encaminhar ao Legislativo até o final de agosto. Ao colocar a reforma no meio do caminho, Guedes cria um ruído que pode atrasar todo o plano.
Entraves no Senado
O clima não está nada favorável para o andamento da agenda econômica no Senado. Há uma insatisfação generalizada com o tratamento dado por Bolsonaro à casa.
Os problemas vão desde a falta de protagonismo do 💥️Senado nas escolhas de nomes para comandar agências reguladoras até a baixa representatividade no gabinete ministerial.
Isso sem falar no mal-estar crescente das denúncias apresentadas na CPI da Covid citando o líder do governo na Câmara, deputado 💥️Ricardo Barros (PP-PR).
Bolsonaro já ouviu de aliados que precisa fazer gestos ao Senado, incluindo uma possível reforma ministerial, se quiser melhorar o clima e aprovar temas de interesse do governo no 💥️Congresso até o final do ano.
Governadores vêm aí
O forte crescimento da arrecadação em 2023 está melhorando o cenário fiscal não apenas para o 💥️governo federal, mas também para os estados.
Com isso, governadores já contam com uma revisão para cima de suas notas de classificação de crédito pelo 💥️Tesouro Nacional.
Apenas 11 dos 27 estados tem nota de capacidade de pagamento A ou B, que permite receber garantia da União para novos empréstimos. Agora, todos querem ao menos um B.
Pimenta nos olhos dos outros…
O secretário especial de Comércio Exterior do 💥️Ministério da Economia, Roberto Fendt, e o secretário especial de Produtividade e Emprego, Carlos da Costa, entraram num debate acalorado sobre alíquotas de importação durante reunião do Ministério. Guedes encerrou o assunto usando o ditado popular de que pimenta nos olhos dos outros é refresco. Disse que uma vez que um sabia tão bem o que o outro deveria fazer, trocaria os dois de lugar. O assunto então se resolveu.
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