Dólar sobe 0,15% e fecha a R$ 5,05 com ruídos políticos
Em duas sessões de julho, a moeda ganha 1,53%, reduzindo a desvalorização no ano para 2,68% (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)
O 💥️dólar (💥️USDBRL) subiu pelo quarto pregão seguido nesta sexta-feira, indo a uma máxima em duas semanas e mantendo-se acima de 5 reais, com investidores ainda em postura conservadora diante do noticiário político doméstico apesar do clima pró-risco no exterior.
Ao fim desta sessão, a moeda negociada no mercado à vista subiu 0,15%, a 5,0523 reais na venda & pico desde 18 de junho (5,0713 reais). A taxa de câmbio teve ampla oscilação, saindo de 4,9882 reais (-1,12%) a 5,0742 reais (+0,58%).
Nas quatro altas consecutivas, a cotação acumulou ganho de 2,51%. O dólar não registrava essa série positiva desde as também quatro altas vistas entre 24 e 29 de março, período em que se fortaleceu 4,56%.
Em duas sessões de julho, a moeda ganha 1,53%, reduzindo a desvalorização no ano para 2,68%.
O tom mais cauteloso no ambiente doméstico ofuscou no Brasil o clima favorável a risco no exterior, após dados de emprego nos EUA terem vindo fortes, mas não de forma suficiente para endossar expectativas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) reduzirá em breve estímulos.
No exterior, o índice do dólar caía 0,35% no dia, afastando-se de máximas em três meses alcançadas mais cedo, na esteira dos dados de emprego nos 💥️Estados Unidos.
No geral, os cenários de analistas não têm contemplado deterioração para a taxa de câmbio nos próximos meses, ainda que o dólar eventualmente fique acima de 5 reais ao fim do ano. O Rabobank, por exemplo, vê a moeda em 5,15 reais em dezembro e em 5,20 reais ao término de 2022.
“A normalização mais rápida da política monetária e a melhoria dos termos de troca vêm emprestando força ao real. Além disso, melhores indicadores de sustentabilidade da dívida reduzem os prêmios de risco dos ativos domésticos no curto prazo, mas as perspectivas fiscais de longo prazo e uma redução mais rápida de estímulos nos EUA permanecem desafiadoras”, disseram Mauricio Une e Gabriel Santos em nota.
Na próxima semana, destaque para as divulgações da ata da última reunião de política monetária do Fed (quarta-feira) e do IPCA de junho (quinta). O mercado também vai monitorar nos próximos dias eventual decisão do governo sobre a prorrogação do auxílio emergencial e possibilidade de avanços na discussão sobre a reforma tributária.
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