Real ainda possui pontos de cautela, aponta Morgan Stanley

Peso Mexicano

Os juros mais altos ajudam o câmbio uma vez que aumentam os diferenciais de retornos oferecidos na comparação com rivais como o peso mexicano (Imagem: Pixabay/PeterArreola)

As posições favoráveis ao 💥️real parecem agora “esticadas” depois de meses de valorização da divisa brasileira, disseram estrategistas do 💥️Morgan Stanley, que passaram a ter visão “neutra” para a taxa de câmbio.

Esse entendimento causou o fechamento de uma posição comprada em real contra o peso mexicano.

Entre os motivos para a maior cautela com o real, os profissionais citaram leitura de que a barra para surpresas “hawkish” por parte do 💥️Banco Central está alta, uma vez que a curva de 💥️juros embute aumento de 100 pontos-base da Selic na próxima reunião do Copom (3 e 4 de agosto), com taxa de 7,00% ao fim do ano.

“Dessa forma, embora o ciclo de alta (de juros) em curso deva continuar a fornecer suporte para o real, achamos que o carregado posicionamento comprado e um dólar potencialmente mais forte (no mundo) podem desencadear alguma retração da moeda (brasileira) no curto prazo”, disseram estrategistas em relatório.

“Passamos a ficar neutros no real, mas poderíamos reavaliar (essa recomendação) uma vez o posicionamento e os valuations do real ficarem mais limpos.”

Os juros mais altos ajudam o 💥️câmbio uma vez que aumentam os diferenciais de retornos oferecidos na comparação com rivais como o peso mexicano.

De forma geral, o Morgan Stanley mantém visão negativa para as moedas da 💥️América Latina, deixando intacta preferência por apostas na alta do 💥️dólar contra os pesos colombiano e mexicano.

O real ainda é a moeda preferida pelo banco na região, mas com as ressalvas citadas anteriormente.

Dólar

De forma geral, o Morgan Stanley mantém visão negativa para as moedas da América Latina, deixando intacta preferência por apostas na alta do dólar contra os pesos colombiano e mexicano (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Numa análise mais ampla, os estrategistas seguem com avaliação pessimista para moedas emergentes, num contexto de dólar globalmente mais forte na esteira da mudança de tom do 💥️Federal Reserve (banco central dos EUA), de dados mais robustos nos EUA e de um posicionamento mais limitado na moeda.

“Ao mesmo tempo, os riscos da💥️ Covid-19 nos mercados emergentes permanecem altos, com a variante Delta circulando em meio a taxas de vacinação relativamente baixas. O impacto deste último fator fica claro nas crescentes restrições em mercados emergentes e na recente amenização nos dados de PMI”, disseram estrategistas do Morgan Stanley.

As divisas emergentes tinham perdas generalizadas nesta terça-feira, com o dólar em forte alta de 2% e voltando a 5,20 reais, em meio à ansiedade geral sobre a ata do Fed (a ser divulgada na quarta-feira).

O dólar no 💥️Brasil acumulava alta de 5,8% desde a mínima de 4,9062 reais atingida em 24 de junho, quando registrou baixa de 14,9% em relação à máxima de 29 de março (5,7681 reais).

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