Bom Futuro vê rendimento de algodão acima da média em MT; elevará áreas em 2122
O algodão gosta de sol e tivemos dias bem ensolarados. Além, é claro, das técnicas de manejo de pragas e doenças e do solo bem fertilizado (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)
O grupo Bom Futuro, um dos principais produtores de 💥️algodão de 💥️Mato Grosso, acredita que o rendimento de suas lavouras da pluma 2023/21 deve superar a média do Estado, em ano de quebra de safra, e já prevê aumento de até 8% na área de plantio da próxima temporada, disse a 💥️empresa nesta quarta-feira.
“A meta é alcançar produtividade de 150 arrobas de pluma por hectare, mesmo se forem enfrentadas adversidades climáticas, acima da média estadual estimada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) que é de 114 arrobas por hectare de pluma”, afirmou o grupo em nota.
Com isso, a produção está estimada em 260 mil toneladas da pluma, que representam mais de 15% do total cultivado no Estado, porém uma queda em relação ao volume de 316 mil toneladas do ciclo anterior.
Nesta safra, a Bom Futuro semeou 148 mil hectares, ante 167 mil em 2023/20. Do total, 4% já foram colhidos, com trabalhos que tiveram início pela região do Vale do Araguaia.
Em uma temporada marcada por atraso no plantio e problemas climáticos no Estado como um todo, a quebra nas lavouras da empresa chegou a cerca de 12% em área e 18% em produção, quando comparada ao potencial estimado no início do ciclo.
O diretor de Produção da Bom Futuro, Inácio Modesto Filho, lembrou no comunicado que a redução de áreas de algodão foi geral entre os produtores de Mato Grosso, mas ainda assim avaliou a temporada como positiva.
“O algodão gosta de sol e tivemos dias bem ensolarados. Além, é claro, das técnicas de manejo de pragas e doenças e do solo bem fertilizado”, disse ele.
Após um atraso na colheita de soja do Estado, o diretor ressaltou que a janela de plantio do algodão foi apertada e a utilização de cultivares precoces no plantio se mostrou importante para a estratégia da companhia.
“Cultivares precoces de algodão com o mesmo potencial produtivo das tardias, de 140 dias, e melhoria genética fazem a diferença nos campos da empresa.”
Cerca de 73% da safra 2023/21 da empresa já foi comercializada, índice que supera a média da Bom Futuro para o período em anos anteriores, entre 60% e 65%, de acordo com o diretor comercial, Roberto Bortoncello.
Ele destacou no comunicado que 90% da produção é exportada e, destes, 70% para países asiáticos.
“Na próxima safra devemos retornar quase à mesma área original, com um crescimento de 5% a 8% sobre a área 2023/21”, estimou Bortoncello.
Para o Estado como um todo, o Imea informou nesta semana em levantamento de safra que as primeiras áreas de algodão, de fato, foram colhidas e apresentam produtividade elevada.
Contudo, o instituto ressaltou que apesar dos altos rendimentos da colheita até aqui, a falta de chuva e a baixa umidade do solo em períodos importantes para o desenvolvimento das plantas, prejudicaram as lavouras mais tardias em algumas regiões, o que tende a refletir no resultado final da safra.
“Além disso, as baixas temperaturas observadas em Mato Grosso e pontos de geada em alguns municípios produtores na última semana, também poderão influenciar nas lavouras que ainda estão em desenvolvimento.”
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