Cambridge: dominância chinesa na mineração de bitcoin já sofria queda antes de repressões
Os dados atualizados, porém não tão abrangentes da Universidade de Cambridge, mostram que a dominância global da China já vinha caindo há um tempo (Imagem: CBECI)
Novos dados compilados pela Universidade de Cambridge corroboram a noção de que a dominância da China na mineração global de 💥️bitcoin (💥️BTC) já estava em queda antes da recente repressão no país.
Nesta quinta-feira (15), o Centro de Cambridge para Finanças Alternativas (CCAF, na sigla em inglês) atualizou seus dados que mapeiam a mineração de bitcoin, mostrando que a dominância global da China caiu constantemente entre abril de 2023 até abril de 2023.
Os resultados corroboram com o relatório de abril do The Block sobre a queda na dominância em meio ao crescente nível de investidores institucionais na América do Norte.
A CCAF havia apresentado o mapa de mineração pela primeira vez em maio de 2023, com dados disponíveis de setembro de 2023 a abril de 2023. Porém, até hoje, não havia atualizado o conjunto de dados no último ano.
Em março de 2023, a dominância da China era de 46,04%; dos EUA, 16,85%; do Cazaquistão, 8,19%; e da Rússia, 6,84% (Imagem: Índice de Consumo Elétrico de Bitcoin de Cambridge – 💥️CBECI)
Ascensão e queda
Em abril de 2023, os dados para os mapas de mineração de bitcoin vieram de três pools chineses de mineração que têm bases internacionais de clientes — 💥️BTC.com, 💥️ViaBTC e 💥️Poolin — que, juntas, totalizavam cerca de 30% da 💥️taxa total de hashes — o poder computacional usado para minerar novos blocos — da rede Bitcoin.
Na época, a amostra de dados do CCAF estimaram que a dominância na taxa de hashes da China era de 65%, mostrando que já havia caído em comparação à dominância de 75% em setembro de 2023.
Porém, até abril de 2023, o CCAF estimou que a porcentagem da taxa de hashes da China era bem menos do que a metade: 46%. Porém, essa porcentagem pode estar relativamente enviesada por conta da inclusão de dados de um pool de mineração com foco nos EUA.
Embora o novo conjunto de dados apresente informações de três pools chineses de mineração nos últimos 14 meses, acrescentou dados do pool 💥️Foundry USA à escala temporal entre fevereiro e abril deste ano, de acordo com a 💥️metodologia do CCAF.
Porém, o mapa de mineração não incluiu dados de maio e junho, período fundamental para entender a queda drástica na taxa de hashes do bitcoin por conta da repressão da China em fazendas locais de mineração.
Dados em blockchain mostram que a taxa de hashes do bitcoin caiu 💥️mais de 50% de seu auge de 180 exahashes por segundo (EH/s) em maio para pouco menos de 90 EH/s no fim de junho.
O governo chinês revelou sua iniciativa de repressão em 21 de maio e as medidas subsequentes se materializaram no início de junho. Isso sugere que a dominância da China na taxa de hashes do bitcoin, antes da repressão, pode ter variado entre 50% e 60%.
Com a queda na taxa de hashes da China, o mapa de mineração do CCAF também mostra o crescimento em regiões no exterior, conforme os EUA apresentam a segunda maior porcentagem da taxa global de hashes. Em abril, tinha uma dominância de 16% em comparação à de 7% há um ano.
Outras regiões — como a 💥️Rússia, o 💥️Cazaquistão e o 💥️Irã — também tiveram um crescimento estável na dominância no último ano.
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