Copom inicia quinta reunião do ano para definir taxa Selic

Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano (Imagem: Agência Brasil/Divulgação)

O 💥️Comitê de Política Monetária (💥️Copom) do 💥️Banco Central (💥️BC) começa hoje (3), em 💥️Brasília, a quinta reunião do ano para definir a taxa básica de 💥️juros, a 💥️Selic, e deve repetir os aumentos promovidos nos últimos três encontros. Amanhã (4), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano.

A expectativa de alta está no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2023, o mercado prevê que a taxa fique em 7% ao ano.

Os membros do Copom, por sua vez, sinalizaram na ata da última reunião que devem manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 0,75 ponto percentual.

Dessa forma, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano.

Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da 💥️economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2023, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2023, em 2% ao ano.

Começou a subir novamente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, subiu para 4,25% ao ano.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Ela também é o principal instrumento do Banco Central para manter a 💥️inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o 💥️crédito e estimulam a poupança.

Desse modo, taxas mais altas podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.

Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.

No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Seguindo orientação da área de gestão de pessoas do BC, na semana passada, todos os membros do Copom foram testados para covid-19.

O diretor Bruno Serra testou positivo e, portanto, não participará das sessões presenciais nesta terça e quarta-feira. “O diretor segue assintomático e desempenhando normalmente suas funções de maneira remota”, informou o BC.

Inflação em alta

Para 2023, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo 💥️Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2023, o 💥️Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA), que é a inflação oficial do país, fecharia o ano em 5,82% no cenário base, com Selic em 6,25% ao ano e câmbio partindo de R$ 5,05.

Já a projeção do mercado é de uma inflação ainda maior, fechando o ano em 6,79%, de acordo com o último boletim Focus. É a 17ª alta consecutiva da previsão das instituições financeiras.

Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano, e 8,35% nos últimos 12 meses.

Os dados de julho devem ser divulgados pelo 💥️Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE) na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo & 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,72% no mês passado, a maior variação do IPCA-15 para um mês de julho desde 2004 (0,93%).

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