Crise hídrica pode secar dividendos da AES Brasil?
A crise hídrica no Brasil, uma das piores dos últimos anos, já provoca estragos nas elétricas da Bolsa, principalmente nas geradoras, como a 💥️AES Brasil (💥️AESB3).
💥️A empresa viu o seu lucro derreter 76% no segundo trimestre, para R$ 27,5 milhões. Com a seca, a AES teve que comprar energia para compensar a falta de produção. Cerca de 80% da capacidade instalada vem de usinas hidrelétricas.
Ao todo, a companhia aumentou os custos com compra de energia elétrica em 190% no trimestre e 110% do ano.
Somando os encargos de conexão e taxa de fiscalização, o total de custos somou R$ 208,3 milhões no segundo trimestre, enquanto no acumulado do ano totalizou R$ 317,2 milhões.
De acordo com cálculos do 💥️BB Investimentos, o impacto na redução do lucro líquido também deve reduzir o retorno anual por dividendos para um patamar inferior a 4%, se a crise hídrica persistir.
“Estimamos uma queda de 3% no valor da companhia para cada ano de manutenção deste cenário de estresse hídrico, versus uma redução já acumulada de 14% no ano”, completa.
Segundo o analista da 💥️Ativa Investimentos e colunista do💥️ Money Times, Pedro Serra, a 💥️crise não deverá causar nenhuma transformação na política de distribuição de proventos de geradoras como AES, mas pode impactar negativamente a distribuição em 2023.
Apesar disso, o Inter afirma que a ação seguirá entregando bons dividendos, na casa de 6% ao ano.
“Entendemos que a situação hídrica segue com um cenário desafiador e, não por menos, as ações da geradora AES Brasil devem seguir voláteis. Porém, ainda a consideramos uma opção para uma carteira voltada para dividendos”, completa.
O 💥️Safra calcula o rendimento de dividendos em 8,5% para 2023-2023 e acrescenta que o terceiro trimestre será ainda mais desafiador para as geradoras.
O 💥️Itaú BBA lembra que a elétrica já comprou toda a energia necessária para o segundo semestre. Além disso, a empresa também adquiriu energia para 2022, aumentando seus volumes não contratados para 20% da energia firme total.
“Nós esperamos que o GSF, que mede o risco hidrológico, também prejudique os resultados em 2022, visto que, mesmo que a próxima estação chuvosa seja boa, o alto despacho de térmicas será necessário para recuperar os níveis do reservatório”, afirma.
Na visão da 💥️Genial, outro fator que pesou para a empresa foi um impacto extraordinário negativo na linha de despesa financeira (R$ 27,5 milhões) devido à tentativa da empresa de evitar a atualização do passivo financeiro do GSF pelo IGP-M.
A 💥️XP teve uma avaliação neutra para os resultados, já que os números do Ebitda Ajustado ficaram abaixo das estimativas, mas acima do consenso do mercado.
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