Bolsonaro critica STF e diz que inquérito sobre ataque hacker a TSE precisa ser público

Jair Bolsonaro

“Esse inquérito começou em novembro de 2018. Dois anos e meio, por que não chegou no relatório final? Pelo que tudo indica, não posso afirmar aqui, interferência”, disse Bolsonaro (Imagem: Flickr/Alan Santos/PR)

O presidente 💥️Jair Bolsonaro rebateu nesta quinta-feira a decisão do ministro do 💥️Supremo Tribunal Federal (STF) 💥️Alexandre de Moraes que autorizou inquérito contra ele por quebrar o sigilo de investigação da 💥️Polícia Federal sobre invasão cibernética aos sistemas do 💥️Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e defendeu a divulgação das informações.

Após se tornar alvo desse novo inquérito por determinação de Moraes, Bolsonaro minimizou a decisão do ministro do Supremo, que determinou a retirada do conteúdo do ar, e disse que as informações do inquérito publicadas por ele em redes sociais já foram copiadas.

O presidente defendeu que a apuração da PF interessa a todos e, por isso, tem de ser pública, e voltou a insinuar que estaria ocorrendo alguma forma de interferência no inquérito por suposto interesse do TSE.

“Esse inquérito começou em novembro de 2018. Dois anos e meio, por que não chegou no relatório final? Pelo que tudo indica, não posso afirmar aqui, interferência”, disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

“Segredo de justiça? O que estavam fazendo, não deixando esse inquérito ir para frente, é um crime contra a democracia. Não querem a apuração”, disse, acrescentando que se ficasse “quieto”, a investigação “não ia ser concluído nunca”.

O presidente tem procurado desacreditar o atual sistema de votação por urnas eletrônicas, sem provas, e defendido o voto impresso para urnas eletrônicas, abrindo uma crise institucional com o Judiciário, que inclui ataques pessoais a integrantes do STF e do TSE.

Não há, no inquérito da PF, qualquer conclusão que sugira risco de adulteração das urnas, ao contrário do que diz o presidente. A divulgação de segredo está tipificada no Código Penal.

Alexandre de Moraes determinou a abertura de inquérito contra o presidente pelo vazamento da íntegra de investigação sigilosa da Polícia Federal, publicada em redes sociais por Bolsonaro.

A decisão de Moraes também determina que Facebook, Twitter e outras redes sociais retirem imediatamente do ar publicações de Bolsonaro. Pede, ainda, o afastamento do delegado que preside o inquérito em questão.

O despacho de Moraes acolhe notícia-crime encaminhada por todos os ministros do TSE na segunda-feira. Na live desta quinta, Bolsonaro questionou o fato de Moraes ser, como integrante da corte eleitoral, subscritor do pedido ao mesmo tempo em que figurou como destinatário da peça jurídica no STF.

Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes determinou a abertura de inquérito contra o presidente pelo vazamento da íntegra de investigação sigilosa da Polícia Federal, publicada em redes sociais por Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Nesta quinta, o presidente voltou a defender o voto impresso, mesmo após a derrota sofrida no 💥️Congresso com a rejeição de proposta que tratava do voto impresso na terça-feira e o compromisso assumido por ele de respeitar o resultado da votação.

Também aproveitou para repetir que não aceitará o resultado das eleições de 2022 se considerar que não ocorreram de forma “limpa”, e defendeu a contagem pública dos votos.

Nesta quinta, na abertura da sessão plenária, o presidente do TSE, ministro 💥️Luís Roberto Barroso, fez uma defesa enfática da confiabilidade das urnas eletrônicas e da lisura das 💥️eleições brasileiras e anunciou uma série de medidas para ampliar a transparência e a auditabilidade do sistema eletrônico de votação.

O que você está lendo é [Bolsonaro critica STF e diz que inquérito sobre ataque hacker a TSE precisa ser público].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...