“Não é revanche”, diz Bolsonaro ao comentar pedido de impeachment de Moraes
Ele disse que “cada um tem que saber o teu lugar para poder viver em paz e harmonia” (Imagem: Flickr/Marcos Corrêa/PR)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro comentou neste sábado o 💥️pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, enviado na véspera ao Senado, destacando que não se trata de revanche diante de investigações determinadas contra o mandatário.
“Fiz tudo dentro das quatro linhas da Constituição. Engraçado: quando entro numa ação no Senado, fundada no artigo 52 da Constituição, o mundo cai na minha cabeça. Quando uma pessoa, no inquérito do fim do mundo, me bota lá, ninguém fala nada. Não é revanche…”, afirmou Bolsonaro a jornalistas, no interior de São Paulo.
Ele disse que “cada um tem que saber o teu lugar para poder viver em paz e harmonia”.
Bolsonaro comentou ainda que é preciso “respeitar o próximo e saber que tem um limite”.
“O limite é a nossa Constituição. E dizer mais: todos os incisos do artigo 5º da Constituição, eu cumpri todos. Não tem um só ato meu fora dessas quatro linhas”, destacou.
Na peça encaminhada ao Senado, Bolsonaro afirma que Moraes teria cometido crime de responsabilidade ao tomar “medidas e decisões excepcionais”, cometer “abusos” contra o presidente da República e coibir a liberdade de expressão.
Em julho, Moraes determinou que a Polícia Federal retomasse investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro no comando da corporação. Depois, no início de agosto, acolheu notícia-crime encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (💥️TSE) contra o presidente por sua conduta ao atacar o sistema eleitoral brasileiro.
Alguns dias depois, o ministro determinou abertura de inquérito contra Bolsonaro por vazamento de informações sigilosas de investigação da Polícia Federal sobre ataque cibernético sofrido pelo TSE em 2018, meses antes das eleições e sem conexão com essas.
A peça encaminhada ao Senado, no entanto, não deve prosperar, na opinião de senadores e consultores, e até mesmo o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a quem cabe dar ou não andamento ao processo, já adiantou que não identifica critérios que justifiquem a destituição do cargo do ministro do STF.
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