Com mineradora, Cosan vai explorar nova indústria sem se desviar de estratégia original

Vale-Minério de Ferro

Além do porto TUP São Luís, a empresa terá direitos de exploração de ativos em três projetos minerais localizados no Pará (Imagem: Vale/Divulgação)

A criação de uma joint venture com o Grupo Paulo Brito, controlador da 💥️Aura Minerals (💥️AURA33), para exploração de 💥️minério de ferro marca um passo importante para a 💥️Cosan (💥️CSAN3). Apesar da falta de detalhes, o movimento foi bem visto pelos analistas, que estão otimistas com o histórico positivo de alocação de capital da companhia e o retorno aos acionistas.

Mais que isso, é possível enxergar três pilares-chave do negócio da Cosan nessa transação, de acordo com o 💥️Itaú BBA: a qualidade dos ativos; a combinação de capacidades longas e curtas; e uma administração experiente.

A Cosan anunciou na segunda-feira que 💥️realizará, por meio da sua estrutura de fundos Atlântico Participações, aportes com recursos próprios e, eventualmente, de terceiros em novos negócios.

Além da criação de uma nova empresa de mineração, a companhia disse que vai apresentar uma proposta vinculante para a aquisição de 100% do TUP São Luís, terminal portuário localizado na capital do Maranhão, por R$ 720 milhões.

A oferta pelo porto foi enviada à São Luís Port Company, da chinesa CCCC, e aos acionistas minoritários que somam participação de 49% no terminal, disse a empresa.

Da joint venture, a Atlântico deterá 37% do capital total e controle compartilhado da nova companhia & ou seja, 50% das ações ordinárias da empresa após o aporte do porto e de caixa.

A joint venture será uma empresa integrada de 💥️mineração e 💥️logística. Além do porto TUP São Luís, a empresa terá direitos de exploração de ativos em três projetos minerais localizados no Pará, com potencial importante de reservas de minério de ferro, a serem escoados pelo porto.

O Itaú BBA destacou que o TUP São Luís tem um valor altamente estratégico, dado o seu acesso direto à ferrovia Estrada de Ferro Carajás (EFC).

“Vale lembrar que a logística é um componente essencial de um projeto de mineração”, destacou o analista André Hachem, que tem recomendação de outperform e preço justo de R$ 30 para a ação da Cosan. “Além disso, a 💥️Vale (💥️VALE3) recentemente renovou a concessão da ferrovia, incluindo novas cláusulas competitivas relacionadas ao direito de acesso & estimamos um custo de R$ 18,64/tonelada (ou US$ 3,40/tonelada) relacionado à tarifa de acesso para a extensão de 900 km de Carajás para São Luís”.

Outro ponto mencionado pelo Itaú BBA é que o terminal provavelmente terá um contrato garantido que não só vai amparar a viabilidade do projeto, como também será determinante para a obtenção de financiamento do projeto, um problema com o qual os antigos donos tinham que lidar.

Com o Grupo Paulo Brito como parceiro, Juarez Saliba de Avelar, ex-Vale e 💥️CSN (💥️CSNA3), como presidente-executivo, e o ex-CEO da 💥️Rumo (💥️RAIL3) Julio Fontana como conselheiro e consultor sênior, a joint venture, ainda que não seja possível calcular o potencial de upside do negócio, não seria destrutivo para o valor.

Minério de Ferro

Na avaliação da Guide Investimentos, o grupo Cosan possui uma expertise no segmento logístico, sendo essencial para o escoamento do minério de ferro (Imagem: REUTERS/David Gray)

A 💥️Guide Investimentos tem um posicionamento semelhante ao do Bank of America.

“O grupo possui uma expertise no segmento logístico, sendo essencial para o escoamento da commodity, e conta com um parceiro que já possui uma atuação consolidada no segmento de mineração. Vemos o Brasil muito bem posicionado para operações de minério de ferro, principalmente no Pará, onda a Vale já atua. Vemos o mercado positivo para os próximos anos com a expansão de crescimento da China e expansão da produção de aço”, comentou o analista Luis Sales.

Juarez Saliba de Avelar disse nesta terça que a joint venture 💥️deve começar a produzir no Pará em 2025 com uma capacidade de 10 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, a ser expandida gradualmente.

Segundo o executivo, o objetivo da nova empresa será atender o mercado de minério de ferro com um produto de maior valor agregado, com teor de ferro acima de 67%.

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