Vale ou CSN Mineração: qual mineradora é a mais atrativa para investir?
Localizada no norte do Brasil, a maior operação extrativista da Vale acontece no município de Carajás, considerada por deter a melhor qualidade de minério de ferro do mundo. A Vale (VALE3), hoje, é considerada a maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas, matérias-primas essenciais para a fabricação de aço.
Logo atrás da Vale, a CSN Mineração (CMIN3) é a segunda maior exportadora de minério de ferro do país, colocada entre as cinco mais competitivas no mercado transoceânico. Um “braço” da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o spin-off teve a estreia de seu IPO na B3 em 2023 e ficou conhecido como um dos maiores da história da bolsa brasileira em volume, destravando valor para a companhia.
Entre duas mineradoras tão fortes, os investidores se perguntam qual delas é mais importante para a compôr a carteira. Para escolher, o analista de ações da Empiricus, Max Bohm revelou em um vídeo dados fundamentais sobre as empresas.
VALE3 e CMIN3: uma análise de dados e rendimentos
Após um estudo das duas companhias, Max apresentou dados para ajudar investidores que cogitam se a CSN Mineração também é uma empresa interessante para o portfólio, assim como a Vale – já recomendada pelo analista.
Além dos pontos apresentados, as companhias também vendem seu minério por um preço diferente. No 1º semestre, a Vale conseguiu vender por um preço médio de US$ 183/tonelada, enquanto que a CSN Mineração vendeu por US$ 152/tonelada. Essa disparidade se deve ao fato da Vale ter em mãos o melhor minério de ferro do mundo, extraído do Norte brasileiro, e porque a CSN Mineração tem um sistema de logística complexo.
A diferença nos preços também ocorre pois a Vale exporta quase toda sua produção, e a CSN Mineração destina apenas 88% do minério à exportação, usando a outra parte para sua siderurgia. Dessa forma, a Vale tem maior poder de barganha para conseguir preços altos com os clientes no exterior.
Dividendos atrativos
Para o mês de setembro, está previsto o pagamento de US$ 10 bilhões de dividendos para os investidores da Vale, o que atingiria uma taxa de 10% em dividend yield. Max acredita que essa é uma porcentagem muito boa para os investidores ganharem, além da sua estimada valorização da ação.
A CSN Mineração, apresentando um caixa líquido consistente, também promete pagar bons dividendos. A previsão é que R$ 7 bilhões sejam destinados aos proventos, cerca de 80% do lucro que a empresa vai fazer esse ano, batendo um dividend yield de 6% no semestre.
Qual escolher para ter na carteira?
“Eu dou preferência para a Vale, principalmente pois o dividend yield pode ser um gatilho importante para as ações agora nesse segundo semestre”, diz Max Bohm
Nesse cenário, o analista enxerga muito potencial em investir em uma das maiores mineradoras mundiais e ainda receber proventos, além de ter múltiplo de EV/Ebitda muito baixo e um preço de minério mais alto.
“Mas confesso que a CSN Mineração me surpreendeu, com múltiplos de duas vezes, negociando com caixa líquido e um yield atrativo pode ser importante na composição da carteira”, destaca Max Bohm
Ao todo, são dois ativos de mineração e ligados a commodities que estão baratos, com valuations bastante atrativos.
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