Selic chegará a 9% até o fim do ano, diz JPMorgan

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O JPMorgan projeta alta de 7,9% do IPCA em 2023, patamar bem acima da meta de 3,75%, que tem margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (Imagem: Reuters/Mike Segar/File Photo)

Em meio a crescentes pressões políticas e inflacionárias domésticas, o 💥️JPMorgan elevou suas projeções para o patamar da 💥️taxa Selic ao fim do atual ciclo de aperto de 💥️juros e piorou sua perspectiva para o crescimento da economia brasileira neste ano e no próximo.

O banco revisou sua projeção para os juros básicos a 9%, ante 7,5% anteriormente, esperando três elevações de 1 ponto percentual até o fim de 2023 e uma alta final de 0,75 ponto no início de 2022.

Com a expectativa de uma política monetária ainda mais apertada, o JPMorgan revisou para baixo a estimativa de crescimento do 💥️Produto Interno Bruto (PIB) do 💥️Brasil a 5,1% neste ano e a 0,9% no ano que vem.

As estimativas anteriores eram de expansão de 5,2% e 1,5%, respectivamente.

“As crescentes tensões políticas e pressões inflacionárias conduziram as projeções de juros para cima e de crescimento para baixo”, escreveram em relatório Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, do JPMorgan.

O credor norte-americano destacou a recente turbulência na seara política local intensificada na semana passada, durante manifestações do dia 7 de setembro, por ataques do presidente 💥️Jair Bolsonaro a ministros do 💥️Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora o chefe do Executivo tenha moderado a retórica desde então, “o risco de tensões renovadas permanece alto antes do ciclo eleitoral de 2022”, disseram Fernandez e Moreira.

A aflição política divide atenções ainda com uma inflação que “continua a surpreender para cima”, segundo eles, o que está elevando a pressão para que o 💥️Banco Central aperte ainda mais sua política monetária.

O JPMorgan projeta alta de 7,9% do 💥️IPCA em 2023, patamar bem acima da meta de 3,75%, que tem margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Falando sobre as perspectivas para 2022, o JPMorgan afirmou que as condições climáticas terão papel importante na dinâmica de inflação em meio à grave crise no abastecimento dos reservatórios de água brasileiros.

“Continuamos a considerar um desdobramento mais favorável em relação à crise de fornecimento de água e energia… No entanto, vemos chances crescentes de um cenário negativo na crise hídrica, particularmente conforme as autoridades limitam o impacto nos preços, levando a escassez de energia não desejada.”

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