Ministro da CGU terá que explicar à CPI por que não impediu compra irregular de vacinas
(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil) Wagner Rosário usou uma rede social para responder ao presidente da CPI. O ministro acusou o presidente da CPI de cometer o crime de calúnia Imagem:
A 💥️CPI da Pandemia ouve na terça-feira (21), a partir das 9h30, o ministro da 💥️Controladoria-Geral da União (CGU), 💥️Wagner Rosário.
Pelo requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), Wagner Rosário deveria falar de investigações sobre desvio de recursos liberados pela União para estados e municípios.
Mas o presidente da comissão, senador 💥️Omar Aziz (PSD-AM), já avisou que vai cobrar do ministro explicações sobre a suposta omissão da CGU em negociações irregulares no 💥️Ministério da Saúde.
Na última terça-feira (15), durante reunião da CPI, Omar disse que Wagner Rosário prevaricou.
Ou seja: como servidor público, teria deixado de tomar iniciativas e se omitido diante de irregularidades.
O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não.
Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2023, ele é um prevaricador — disse Aziz.
Wagner Rosário usou uma rede social para responder ao presidente da CPI. O ministro acusou o presidente da CPI de cometer o crime de calúnia.
“Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu.
O presidente da CPI usou a mesma rede social para reafirmar a acusação contra Wagner Rosário. “Prevaricação também é crime”, publicou Omar Aziz.
💥️Repasses a estados e municípios
O requerimento de convocação para o ministro da CGU foi aprovado pela comissão em junho.
De acordo com Eduardo Girão, o órgão enviou à CPI dados sobre 53 operações especiais que apuram desvio de recursos por estados e municípios.
Segundo Girão, o valor total dos contratos chega a R$ 1,6 bilhão. “O prejuízo efetivo apurado até agora atingiu quase R$ 39,2 milhões, e o prejuízo potencial é de R$ 124,8 milhões. Assim, o prejuízo total pode alcançar R$ 164 milhões”, argumenta.
Segundo Eduardo Girão, 💥️Polícia Federal e 💥️Ministério Público expediram 778 mandados de busca e apreensão e 67 mandados de prisão temporária.
Das 472 pessoas físicas investigadas, 129 são agentes públicos. As operações especiais apuram a participação de 291 pessoas jurídicas em irregularidades.
São 51 órgãos públicos, 228 empresas privadas e 12 entidades sem fins lucrativos.
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