Conheça a ação ligada ao setor automotivo que está “injustificavelmente barata”
Ação da Randon é negociada 27% abaixo do preço mais alto que atingiu no ano, destacou o BTG Pactual (Imagem: Randon/Divulgação)
A 💥️Randon (💥️RAPT4) negocia na Bolsa a um patamar “injustificavelmente barato”, na opinião do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11). O banco reforçou a compra da ação da companhia, com preço-alvo de R$ 20 para os próximos 12 meses.
“Continuamos com recomendação de compra para Randon, nossa top pick no 💥️setor automotivo, que negocia a um valuation injustificavelmente barato de 8,5 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022, 27% abaixo do preço mais alto que a ação atingiu neste ano”, destacaram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, em relatório divulgado na quarta-feira.
O BTG está bastante otimista com a indústria de caminhões e trailers, que tem se aproveitado da demanda do setor de 💥️agronegócio. O momentum positivo vivido pelo segmento deve persistir no próximo ano, impulsionado por tendências seculares, como digitalização de transportes, profissionalização de caminhões e aceleração de renovação de frotas com a transição para a tecnologia Euro 6.
O BTG destacou que as margens para veículos pesados de fabricantes estão historicamente maiores, o que significa que os volumes estão mais alocados para caminhões do que para veículos leves.
“A Randon fabrica 130 unidades por dia e pode aumentar isso para 150 via expansão gradual de capacidade, se precisar”, comentaram os analistas do banco. “Tal expansão de capacidade já foi visto em sua recente expansão da planta Araraquara, onde a companhia irá operar sua própria pequena rede ferroviária (1.500km), produzindo até 1 mil vagões ao ano em uma nova linha de produção”.
O BTG está bastante otimista com a indústria de caminhões e trailers, que tem se aproveitado da demanda do setor de agronegócio (Imagem: LinkedIn/Empresas Randon)
Mudanças positivas no setor
O segmento de caminhões e trailers vive mudanças no cenário competitivo. Segundo o BTG, players tradicionais como Noma e Rodofort vão reconquistar presença no mercado local, beneficiados pelo backlog (carteira de pedidos) mais longo dos líderes (Randon e Facchini).
Além disso, uma demanda maior e um crescimento racional do lado da oferta estão melhorando a dinâmica de preços do setor, permitindo um aumento de volumes para todos os players.
O BTG mencionou ainda uma tendência que vem ganhando tração no Brasil: a terceirização de veículos. Esse movimento contribui para a aceleração do ritmo de renovação de frota, bem como reduz a média de uso dos equipamentos, jogando os volumes para cima.
Foco em integração
Após conversar com a equipe de Relações com Investidores da Randon, o BTG entendeu que o foco da companhia no curto prazo é integrar as últimas aquisições. Depois disso, as novas aquisições podem ser exploradas como uma estratégia de defesa para manter as subsidiárias na liderança em seus respectivos mercados locais.
A inovação também será peça-chave para a trajetória de crescimento da Randon. O BTG lembrou que a 💥️Fras-Le (💥️FRAS3), subsidiária da companhia, recentemente anunciou uma nova linha de produtos em materiais compósitos. A tecnologia é uma alternativa aos itens originalmente fabricados em aço e, segundo a Fras-Le, resultará em produtos com melhor desempenho, design inovador e redução de peso de até 65%, o que diminui o consumo de combustível e, consequentemente, reduz emissões de poluentes.
A própria Randon anunciou um projeto para produção de larga escala de nanopartículas de nióbio, em linha com a estratégia de focar em materiais mais eficientes.
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