Fleury mantém foco em diversificação e rejeita concorrer com planos de saúde

Fleury

No fim de junho, a alavancagem financeira do Fleury, medida pela relação dívida líquida/Ebitda era de 1,1 vez (Imagem: Facebook/Fleury)

O 💥️Fleury (💥️FLRY3) vai intensificar seu crescimento via aquisições, dentro da estratégia de diversificar receitas, mas não pretende entrar numa disputa aberta com operadoras de 💥️planos de saúde, disse a presidente do grupo de medicina diagnóstica, Jeane Tsutsui.

“Temos muito para fazer em termos de entrar em novos serviços”, disse a executiva em entrevista à Reuters. “Não vamos substituir as operadoras”, acrescentou.

As declarações de Tsutsui, que assumiu o cargo em abril, vêm em meio a uma onda de aquisições e novos investimentos da quase centenária companhia para se tornar um hub de serviços médicos, num momento de ebulição no mercado de saúde no 💥️Brasil catalisado pelos efeitos da pandemia de 💥️Covid-19, no ano passado.

Desde então, o Fleury comprou negócios que incluem clínicas ortopédicas, de aplicação de 💥️vacinas, de oftalmologia, adquiriu laboratórios de análises no Espírito Santo, lançou sua plataforma de mapeamento genético e outra de prontuários eletrônicos, além de criar um fundo de 200 milhões de reais com a Sabin para investir em startups de saúde.

“Temos um pipeline de negócios e nossa jornada está no começo”, acrescentou Tsutsui, lembrando que mesmo após ter feito mais de 1 bilhão de reais em aquisições nos últimos cinco anos, tem uma condição financeira propícia para novos movimentos.

No fim de junho, a alavancagem financeira do Fleury, medida pela relação dívida líquida/Ebitda era de 1,1 vez. “Ainda temos espaço”, acrescentou o diretor finanças e de relações com investidores da companhia, José Antonio Filippo, que assumiu o cargo em julho, oriundo da 💥️Natura&Co (💥️NATU3).

O Fleury anunciou no fim de agosto que poderia fazer uma oferta pela rival Alliar, ativo pelo qual a 💥️Rede D’or (💥️RDOR3) também mostrou interesse.

Segundo a presidente da empresa, a integração da entrada em novas áreas com as aquisições deve acelerar a base de clientes do Fleury, que pretende ampliar a oferta de serviços, como mensalidades para cobertura de exames, telemedicina e até pequenas cirurgias, como de catarata, hérnia e varizes.

Recentemente, o Fleury fez parceria com a Smiles, o que permite acesso a mais de 18 milhões de possíveis novos usuários, somando-se à sua base atual de 7 milhões.

Esse conjunto de iniciativas, porém, ainda é visto como tímido por alguns analistas de mercado, dada a ebulição no mercado de saúde no Brasil, em que rivais diretos e indiretos estão se movendo rápido na direção de modelos de negócios mais verticalizados.

No ano até a véspera, a ação do Fleury acumulou baixa de 23,2%, ante baixa de 6,75% do Ibovespa no período.

Nesta sexta-feira, o 💥️Bank of America cortou o preço-alvo da ação do Fleury, alegando que as iniciativas da empresa para diversificar negócios são remédios de médio prazo, que ela tem um processo decisório mais lento e que deveria “atacar o problema”, tornando-se uma rede mais vertical com hospitais.

Às 16:22, a ação do Fleury caía 2,2%. No mesmo horário, o Ibovespa tinha ganho de 1,6%.

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