Dólar recua contra real após IPCA e mercado aguarda relatório de emprego dos EUA
Às 10:43, o dólar recuava 0,20%, a 5,5047 reais na venda (Imagem: Pixabay/pasja1000)
O 💥️dólar caía nesta manhã de sexta-feira, à medida que os investidores digeriam dados de emprego dos 💥️Estados Unidos bem mais fracos do que o esperado, tentando avaliar se o relatório de setembro será suficiente para levar o 💥️Federal Reserve a cortar seu estímulo já no mês que vem.
O Departamento do Trabalho norte-americano informou nesta sexta-feira que foram criados 194 mil postos de trabalho fora do setor agrícola dos EUA no mês passado, leitura bem abaixo da expectativa em pesquisa da 💥️Reuters, de abertura de 500 mil vagas. As estimativas variavam de 250 mil a 700 mil postos.
Havia grande expectativa dos mercados globais pela divulgação do “payroll”, como é conhecido o relatório, uma vez que — nas palavras do chair do Fed, 💥️Jerome Powell — um resultado “decente” permitiria que o 💥️banco central começasse a cortar suas generosas compras mensais de títulos já em novembro.
A cifra bem abaixo do esperado, no entanto, deixa essa perspectiva em dúvida, explicou Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest. A princípio, “isso é bom para a valorização do 💥️real, mas também não sabemos agora o que o Fed vai fazer. Temos que acompanhar os próximos passos”.
Às 10:43, o dólar recuava 0,20%, a 5,5047 reais na venda. Instantes depois da divulgação do relatório de emprego, a divisa foi à mínima do dia, de 5,4776 reais, queda de 0,69%, mas já reduziu as perdas desde então.
Para Gustavo Cruz, economista e estrategista da 💥️RB Investimentos, é normal que o mercado apresente dúvidas, “mas a visão de que não vão começar (a reduzir estímulos) em novembro me parece muito precipitada”, uma vez que outros aspectos do relatório, como a taxa de desemprego e os ganhos salariais, foram positivos.
Além disso, ele percebe maior uniformidade nos discursos recentes das autoridades do Fed — que há poucos meses pareciam muito divididas & , o que sinaliza que há convergência crescente dentro do banco de que o “tapering” (corte de suporte monetário) pode começar em breve.
💥️No Brasil, as atenções recaíam sobre o IPCA, que subiu 1,16% em setembro, segundo dados do IBGE desta sexta-feira, acumulando em 12 meses avanço de 10,25. As expectativas em pesquisa da 💥️Reuters eram de alta de 1,25% no mês e de 10,33% em 12 meses.
Embora levemente abaixo do esperado para o período, o dado “ainda veio muito alto”, disse Moretti, da HCI Invest.
Ele relembrou que, mesmo diante dos sinais de inflação crescente, o Banco Central deixou de promover elevação mais agressiva da 💥️Selic em sua última reunião, quando subiu a taxa em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano.
Alguns participantes do mercado chegaram a precificar alta de até 1,5 ponto percentual para o encontro de setembro da autarquia.
Nesse contexto, “o dólar segue na tendência de ganhos”, explicou, acrescentando que os sinais de aceleração global da 💥️inflação levam a expectativas de 💥️juros mais altos em economias avançadas. “Isso faz o investidor estrangeiro esquecer de países emergentes.”
O dólar caminhava para registrar alta de 2,4% em relação ao fechamento da última sexta-feira, o que configuraria seu ganho semanal mais acentuado desde o início de julho.
Na véspera, o dólar subiu 0,54%, a 5,5155 reais, maior patamar desde 20 de abril (5,5486 reais).
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