O mistério da compra de US$ 1,5 milhão para um endereço na Ethereum
Em um primeiro momento, observadores especularam que seria o comprador seria a empresa Paradigm, mas ela negou estar por trás da aquisição (Imagem: Unsplash/freestocks)
No dia 9 de outubro, um endereço de carteira desconhecido comprou o nome “paradigm.eth” na Ethereum por 420 ethers (ETH), cerca de US$ 1,5 milhão, configurando a maior venda desse tipo.
Em um primeiro momento, observadores especularam que seria a empresa de capital de risco Paradigm, a qual tem investimentos em diversos projetos, desde companhias centralizadas, como Coinbase, BlockFi e Chainalysis, até projetos de finanças descentralizadas (DeFi), como Compound, dYdX e Euler.
Porém, a Paradigm disse a Bradley Millegan, diretor de operações da Ethereum Name Service, que não estava por trás da aquisição – levantando questões de quem seria o comprador misterioso e qual seria o propósito de uma compra com valor tão alto.
Nomes da Ethereum são nomes legíveis, como “exemplo.eth”, que podem ser associados a endereços blockchain para facilitar o envio e o recebimento de pagamentos cripto.
Ao invés de enviar dinheiro para um endereço alfanumérico longo e complicado da Ethereum, o usuário pode usar somente um nome do tipo “.eth”. Nomes da Ethereum também podem estar conectados com outras informações, como endereços de e-mail e conta no Twitter.
O que se sabe até o momento é que a carteira propôs lances para o nome “paradigm.eth” durante meses, mas com valores menores. Não foi até o último final de semana que o dono anterior do nome da Ethereum aceitou a oferta.
Porém, a aquisição parece ser um tipo de pegadinha ou piada. Conforme apontado por Millegan, os registros do nome da Ethereum estavam ligados a links muito estranhos.
De início, o comprador indicou [email protected] como o endereço de e-mail usado – o que é uma piada comum do mundo cripto – antes de configurar a imagem associada ao logo da SushiSwap.
Outros elementos estranhos incluem a conta do Twitter indicando a empresa de capital de risco a16z, e o link do GitHub indicando a página do GitHub de Andre Cronje, fundador da YFI. Além disso, a descrição aparece como: “Patino na Paradigm e mudo quando eu quiser.”
Conforme apontado por um usuário do Twitter, “Se isso é uma ‘trollagem’, então deve ser a ‘trollagem’ mais cara até agora, não é?”
Millegan reconheceu que a venda poderia ser algum tipo de “wash trading”, que é uma forma de manipulação que faz o ativo parecer ter mais demanda do que ele realmente tem.
De acordo com essa ideia, alguém poderia vender o nome “paradigm.eth” para ele próprio, a fim de parecer ser uma negociação muito cara, enquanto, na realidade, a pessoa estaria somente transferindo dinheiro entre suas carteiras.
Porém, isso não explica especificamente as ofertas anteriores que foram rejeitadas (ao menos que isso fizesse parte da estratégia) e, caso esse fosse o caso, a pessoa teria de desembolsar altas taxas – cerca de US$ 37,5 mil – para a plataforma de NFTs OpenSea, em que a transação aconteceu.
Se a venda foi legítima – mesmo se foi para uma pegadinha –, ela ainda estaria entre as vendas mais caras de nome de domínio já registradas.
O que você está lendo é [O mistério da compra de US$ 1,5 milhão para um endereço na Ethereum].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments