Banco Central prevê para próximo mês criação da linha financeira de liquidez sustentável, diz diretora
Guardado indicou para dezembro a implementação de critérios de sustentabilidade na gestão das reservas internacionais e, para dezembro de 2022, a criação do bureau de crédito sustentável (Imagem: Flickr/Raphael Ribeiro/BCB)
O 💥️Banco Central prevê para o próximo mês a criação da linha financeira de liquidez sustentável dentro de suas ações verdes, afirmou nesta quinta-feira a diretora de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos da autarquia, 💥️Fernanda Guardado.
Por meio das linhas financeiras de liquidez, as instituições financeiras poderão, a partir de 16 de novembro, usar debêntures e notas comerciais como garantia para obter empréstimos junto ao BC.
A autoridade monetária já havia indicado a intenção de criar uma linha verde no âmbito dessa iniciativa, mas ainda não havia detalhado quando isso ocorreria.
Ao participar do Seminário Sustentabilidade no 💥️50º Ciclo de Reuniões do Mercosul Financeiro, Guardado indicou para dezembro a implementação de critérios de sustentabilidade para seleção de contrapartes e de investimentos na gestão das reservas internacionais e, para dezembro de 2022, a criação do bureau de crédito sustentável.
Recentemente, o presidente do BC, 💥️Roberto Campos Neto, havia dito que o bureau será alinhado ao open finance, o que fará com que os beneficiários do💥️ crédito rural possam compartilhar suas informações sem necessidade de intermediação de agentes financeiros, o que levará a uma melhor precificação dos ativos.
Com o bureau, serão definidos os critérios de sustentabilidade aplicáveis às concessões de crédito rural, que permitirão caracterizar as operações como sustentáveis dos pontos de vista social, ambiental e climático.
Segundo a diretora, no âmbito da supervisão do BC, a intenção também é estruturar e ampliar a coleta de informações sobre riscos socioambientais até o último mês deste ano e realizar testes de estresse climático até abril do ano que vem.
Se atendo exclusivamente ao tema da sustentabilidade, Guardado ponderou que riscos sociais, ambientais e climáticos podem afetar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira, que são o coração da missão da autoridade monetária.
Nesse sentido, ela pontuou que as consequências dos fenômenos El Niño e La Niña na América do Sul são vistas com cada vez mais frequência, afetando a 💥️agricultura e a geração de eletricidade e, por conseguinte, a 💥️inflação nos países do bloco.
Guardado destacou que esses choques trazem grandes desafios para a condução da política monetária e podem, no longo prazo, afetar a produtividade, o crescimento da atividade e “quiçá até a taxa de 💥️juros neutra da 💥️economia“.
💥️(Atualizada às 10:34)
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