Economista pede aceleração da Selic para chegar rápido aos 10%, mas ainda tem dúvidas do BC
Fábio Kanczuk, diretor do BC, ainda não teria sinalizado com alta superior a 1 pp da taxa de juros (Imagem: Flickr/Banco Central)
Poucas dúvidas restam de que o 💥️Comitê de Política Monetária (Copom) elevará em 1 ponto percentual a 💥️taxa básica de juros na reunião de semana próxima, mas cresceu a defesa , entre analistas, de que o ritmo de subida seja maior, com a confirmação de que o desequilíbrio fiscal veio para ficar.
O governo bateu o martelo de que vai mesmo gastar mais sem ter de onde tirar.
A economista 💥️Zeina Latif está entre eles, pedindo aceleração da alta desde já para se chegar mais rápido pouco acima de 10% ao final do ciclo de alta da 💥️Selic, para se ter maior controle da inflação que está capturando a alta do dólar tanto nas exportações de 💥️commodoties como nas importações (petróleo, por exemplo), bem como os movimentos de defesa contra o risco Brasil.
“A taxa de juros tem que estar acima daquilo que se chama de taxa neutra, para se conseguir de fato controlar a inflação”, diz a consultora e ex-economista-chefe da 💥️XP Investimentos.
Sair dos 6,25% para os 7,25% pouco ou nada ajudaria para dobrar o viés de alta da 💥️inflação e trazê-la para dentro da meta – o centro é 3,75% e o teto é 5,25%% -, quando as expectativas são de que o custo de vida fique bem acima de 8% este ano.
Mas ela ainda não aposta firmemente nesta possibilidade de aceleração do ritmo de alta.
Embora o diretor do BC, Fábio Kanczuk, já ter declarado que a elevação de 1 pp está na agenda, Zeina Latif não viu nenhuma sinalização de reação mais contundente da autoridade monetária além dessa taxa. “Ele teria dito que não reagiria às turbulências do mercado e que eles [BC] têm avaliação própria sobre a questão fiscal”.
Depois da semana na qual a turbulência ganhou sinais de pânico, com a admissão do furo do 💥️teto de gastos, que quase levou o ministro 💥️Paulo Guedes à demissão, o cenário ficou mais crítico.
O impacto no 💥️dólar não deverá apresentar resultados de baixa, como não aconteceu na sequência da última reunião do Copom há quase 40 dias (mais 1 pp), o que azeda ainda mais as projeções de inflação
E o governo ainda precisa que os t💥️ítulos do Tesouro Nacional fiquem mais atraentes para ajudarem a financiar os novos compromissos de despesas, como os R$ 400 do 💥️Auxílio Brasil, a ajuda aos caminhoneiros e às emendas parlamentares exigidas pelo 💥️Centrão, como quer o presidente 💥️Jair Bolsonaro.
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