Localiza, Unidas ou Movida: quem vai pisar no acelerador, com o aumento da demanda por carros seminovos?

Carros

Olhando para as ações de locadoras de carros listadas na Bolsa brasileira, qual tem maior espaço de crescimento? (Imagem: Unsplash/Julian Hochgesang)

A crise global de semicondutores afeta diretamente a 💥️indústria automobilística, já que modelos mais modernos dependem desse componente. Consequentemente, a demanda teve de se voltar ao mercado de veículos seminovos, o que pode beneficiar empresas de 💥️aluguel de carros.

Olhando para as 💥️ações do ramo listadas na Bolsa, 💥️Localiza (💥️RENT3), 💥️Movida (💥️MOVI3) e 💥️Unidas (💥️LCAM3) têm espaço para incrementar suas receitas com o mercado de seminovos aquecido e a mudança de comportamento do brasileiro com o carro usado, explica Valéria Vieira, head de renda variável da 💥️RB Investimentos.

As três companhias atuam tanto no segmento de aluguéis, quanto seminovos. Ou seja, há um período em que os carros são usados para locação e, na sequência, com a renovação da frota, tais veículos são destinados à revenda.

“Só levando em conta o aumento da procura por carros seminovos no mercado, as companhias do ramo devem contar com incremento nas receitas em torno de 8%. A menor desconfiança dos compradores com carros usados de empresas de alugueis também melhora humor do setor”, explica.

Quem pisa mais no acelerador?

Movida Localiza Unidas

Investidor está exposto a um portfólio mais robusto com a fusão entre Localiza e Unidas (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Pensando na ação que mais pode se beneficiar dos carros usados em alta, a especialista aponta para a fusão entre Localiza e Unidas, 💥️uma vez que a sinergia de ambas desemboca em uma frota bem maior de veículos a serem otimizados.

“Ao juntar as duas empresas, o investidor está exposto a um portfólio mais robusto e com maior presença geográfica no Brasil. A fusão também facilitará a própria renovação da frota de veículos para locação, potencializando o remanejamento de automóveis”, destaca.

Por outro lado, o cenário de curto prazo continua desafiador, à medida que a aquisição de veículos novos para  renovação da frota das companhias que alugam 💥️automóveis segue comprometida pela escassez de semicondutores e também encarecimento dos custos de produção, como a crise energética global, explica a head da mesa de operações da RB Investimentos.

Na mesma toada, a Ágora Investimentos também enxerga na procura aquecida de seminovos no Brasil 💥️oportunidade de ganhos para as ações do setor. A corretora reitera sua indicação de compra da Movida, com preço-alvo de R$ 34, da Localiza, a R$ 86, e da Unidas, valendo R$ 39.

Preço-alvo elevado

Unidas

BTG está otimista com fusão entre Localiza e Unidas, mas com soluções severas (Imagem: YouTube/Unidas Oficial)

Já o 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11), ao incorporar os últimos resultados positivos da 💥️Unidas (💥️LCAM3) em sua análise, reiterou a compra e elevou o preço-alvo do papel de R$ 32 para R$ 36 por ação, o que implica em potencial de valorização de 44% em 12 meses.

“Vemos atualizações sobre a potencial fusão com a Localiza como o principal catalisador de curto prazo, embora a escassez de produção de veículos no país é o principal risco de curto prazo”, apontam Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Bruno Lima e Marcel Zambello.

Os especialistas mantêm a visão de que o negócio será aprovado pelo 💥️Conselho Administrativo de Defesa Econômica (💥️CADE), mas com restrições severas — uma frota estimada de 25 a 45 mil veículos que será alienada, o que significa 35 a 65% da frota de aluguel de carros da Unidas & , 💥️em linha com a recente revisão favorável da superintendência.

A falta de semicondutores e o aumento dos custos das matérias-primas continuam a impactar a indústria automotiva, representando o principal gargalo para a produção de automóveis e compras de veículos

No entanto, o BTG projeta uma melhora gradual ao longo dos próximos trimestres (o 3° trimestre deve ser melhor que o anterior), com normalização completa até o final do ano.

💥️Disclaimer

O 💥️✅Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

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