Altas explosivas do hidratado serão comuns na medida do risco no abastecimento
Perigo de faltar etanol hidratado existe sim, diante de produção findada e estoques baixos
Independentemente do deprimido consumo de 💥️etanol hidratado, os preços estão se elevando na cadeia porque a produção mal alcança as necessidades mínimas do mercado. Usinas e distribuidoras têm que desviar o máximo que podem a demanda.
Mas com a safra praticamente concluída, e sem produção alguma até 1º de abril de 2022 – embora algumas unidades comecem as operações em março – o enxugamento dos estoques vai determinar altas mais significativas ainda.
E já se viu na semana de 25 a 29. Na indústria, o hidratado subiu 7,85%, mais que dobrando sobre o período imediatamente anterior. Nas distribuidoras, também segundo o Cepea, os reajustes foram todos acima de 15%, com exceção da segunda (13%). Anteontem passou a 17,28%.
Diante do risco de faltar biocombustível, considerando que há uma 💥️frota velha que só roda no álcool e, ainda, proprietários de carros flex que insistem em um mix de abastecimento mesmo com a perda de competitividade, os valores tendem a subir em escala cada vez mais considerável daqui para frente.
💥️Martinho Ono, cuja trading SCA é especializada em etanóis, avaliou para Money Times, há dias, que os estoques que serão carregados poderiam ser da ordem de 1,3 bilhão de litros para cinco meses.
A 💥️Unica, também aqui, apontou em 18 dias de consumo mensal o nível de estoques mantidos nas empresas produtoras. E ainda afirmou que o mercado conta com os 250 milhões/l de etanol de milho para poder ajudar. Inclusive, fez menção à necessidade de cobertura com importações.
Mas os números de produção e vendas da primeira quinzena de outubro mostram que o cenário é precário. A produção de hidratado recuou 50,68%, para 647 milhões de litros, e as venda foram a 575 milhões/l, menos 34%. O anidro ganhou prioridade na produção, na medida que o hidratado perdeu competividade expressiva e a gasolina recuperou consumo, mesmo com preços altos.
A safra, de fim antecipado, moeu 19,69 milhões de toneladas, menos 46,77% na comparação anual, alcançando o acumulado de 487,33 milhões/t ante 538,86.
Segundo cálculos do setor, nesta quinzena corrente do mês e talvez nos primeiros de novembro, as poucas unidades que ainda estão trabalhando devem processar o resto de cana que falta, em torno de 20 milhões/t.
No ciclo anterior, a produção foi de 605 milhões/t no Centro-Sul.
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