A “década perdida” dos mercados emergentes está durante mais que o previsto, dizem analistas

Bandeira China

Esta semana, investidores acompanharão como relatórios sobre a atividade econômica em países como China, Rússia e Brasil contribuem para essa narrativa (Imagem: Pixabay/glaborde7)

O início da retirada do estímulo foi anunciado como o momento em que ações de mercados emergentes reverteriam uma década em que ficaram à sombra de países desenvolvidos. Mas o cenário atual é o oposto disso.

Depois de um rali de três semanas em outubro, que por um breve período aumentou as esperanças de recuperação, o indicador de referência do grupo voltou a perder terreno, atingindo o menor nível em 20 anos em relação ao índice equivalente nos 💥️EUA.

A tendência sinaliza que, embora os mercados globais estejam se ajustando à ideia de menos estímulo dos bancos centrais, incluindo do 💥️Federal Reserve, os emergentes não conseguem deslanchar.

A história se repete. Apesar do crescimento mais rápido e valores mais baixos das empresas, o desempenho de ações de países em desenvolvimento tem ficado aquém do mercado acionário americano durante a maior parte dos últimos 11 anos.

Mas, à medida que a redução gradual do estímulo do Fed se aproximava, gestores de bancos como 💥️Goldman Sachs e 💥️Bank of America viam o novo ciclo de commodities e crescimento dos lucros corporativos inaugurando uma era de ganhos.

No entanto, para alguns investidores, a “década perdida” dos mercados emergentes parece estar se estendendo.

“Ações dos EUA receberam mais fluxo do que papéis de mercados emergentes porque, fundamentalmente, mostram uma história mais positiva”, disse Daniel Gerard, estrategista sênior de multiativos da State Street Global Markets, em Boston.

Esta semana, investidores acompanharão como relatórios sobre a atividade econômica em países como 💥️China, 💥️Rússia e Brasil contribuem para essa narrativa.

Diferencial

O índice MSCI Emerging Markets mostra queda de cerca de 1,7% este ano, em comparação com alta de 26% no índice S&P 500.

Isso levou a relação entre os dois indicadores ao menor nível desde dezembro de 2001. Embora ações de países em desenvolvimento estejam 40% mais baratas do que papéis de empresas americanas, uma perspectiva de lucros mais fraca desincentiva investidores a comprar apesar do desconto.

“Continuamos cautelosos em relação às ações de mercados emergentes e preferimos ter maior peso em mercados desenvolvidos”, disse Patrik Schowitz, estrategista global de multiativos da JPMorgan Asset Management, em Hong Kong.

Os obstáculos ao desempenho “resultaram em uma entrega de lucros muito mais fraca em mercados emergentes do que em mercados desenvolvidos”.

Condições monetárias mais apertadas ainda podem desencadear uma maior fuga de capitais dos Estados Unidos, onde o posicionamento tem sido “ultracomprado” há anos.

Mesmo assim, mercados emergentes continuam fracos demais para aproveitar esse vácuo, à medida que a vantagem relativa de crescimento diminui, segundo investidores.

Economias emergentes se expandiram, em média, 2,4 pontos percentuais mais rápido do que países desenvolvidos nos seis anos anteriores à Covid-19.

Esse diferencial diminuiu para cerca de 1,2 ponto percentual neste ano, pois países em desenvolvimento não conseguem se igualar às nações mais ricas na oferta de apoio fiscal e monetário às economias. Esse spread não deve voltar a aumentar antes de 2023, segundo especialistas.

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