Banco do Brasil deu um banho no Itaú, Santander e Bradesco no 3º trimestre; ação pode subir 63%
O 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3) divulgou seus resultados 💥️na noite da última segunda-feira (8) e encerrou a safra de balanços dos bancões brasileiros. Com isso, a comparação entre os rivais é inevitável. E, pelo menos na qualidade dos números, foi o Banco do Brasil que levou a melhor.
A 💥️XP Investimentos destaca que, com o forte crescimento de 6,2% da carteira de crédito, o índice de cobertura subiu para 323%, muito superior aos seus pares privados – 250% do 💥️Santander (💥️SAMB11), 297% do 💥️Bradesco (💥️BBDC4) e 234% do 💥️Itaú (💥️ITUB4).
Essa alta foi impulsionada por pequenas empresas, pessoas físicas e o agronegócio. Não bastasse isso, 💥️o banco elevou em até 16% a projeção de crescimento da carteira para 2023, antes em 12%.
Além disso, a corretora lembra que, no trimestre, a inadimplência caiu para 1,8%, “corroborando nossa visão de que o Banco do Brasil possui uma carteira mais defendida e mais bem preparada para cenários mais difíceis”.
Apesar disso, a ação do Banco do Brasil não tem grande salto. Por volta das 13h31, os papéis subiam 0,68%, a R$ 29,85 enquanto o 💥️Ibovespa (💥️IBOV) subia mais de 1%.
💥️Resultados fortes
Entre julho e agosto, o lucro recorrente atingiu R$ 5,1 bilhões, alta de 47,6% ante mesmo período do ano anterior, e acima da estimativa de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 4,5 bilhões.
A cifra é a maior da história do banco e foi impulsionada pela aceleração da margem financeira bruta (receita com juros), que cresceu 12%.
A 💥️Genial ressalta o forte resultado de tesouraria, que avançou 88,2%, e também a receita de empréstimos, que acelerou para 11,9%.
Outro ponto positivo foi a despesa com pessoal, que veio sob controle, apesar do dissídio de 11% no salário dos bancários, recorda.
“Na nossa visão, o resultado do trimestre foi positivo, com destaque para o crescimento da margem bruta mesmo com a elevação da taxa Selic que pressiona o custo de funding, o maior índice de cobertura dentre os bancões, inadimplência sob controle e índice de capital, também superior a demais bancos”, completam os analistas Eduardo Nishio, Guilherme Vianna e Bruno Bandeira.
Para a 💥️Ativa, a grande surpresa ficou com o crescimento da margem financeira bruta, que fechou o trimestre 9,5% acima das expectativas devido à expansão da carteira de crédito.
Outro fator positivo foi a melhora no índice de eficiência, que alcançou seu melhor valor na série histórica, completa.
Na visão do 💥️Credit Suisse, os fortes resultados da tesouraria devem se ajustar nos próximos trimestres. Apesar disso, o banco suíço diz que os números podem se normalizar em um nível mais alto devido a uma melhor margem de depósito dado as taxas mais altas.
Já o Safra classificou os número como “um conjunto sólido de resultados”, com forte crescimento de receita (impulsionado pelo excelente desempenho da tesouraria), combinado com provisões saudáveis para perdas com empréstimos e bom controle de custo.
“Em suma, o resultado foi ainda mais forte do que o esperado. Apesar de a solidez dos resultados do tesouro e previdência não parecer recorrente, destacamos o bom desempenho de outras linhas, tais como: volumes de crédito e melhora do mix, qualidade de crédito bastante saudável e leve recuperação das receitas de serviços”, observam o trio de analistas do banco Luis F. Azevedo, Silvio Dória e Gabriel Pucci.
O Safra lembra que a ação tem uma avaliação extremamente baixa, com preço sobre lucro para 2022 de 4,3 vezes, abaixo da média histórica de 7 vezes (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
💥️O que fazer com a ação?
Apesar do resultado positivo, os analistas não deixaram de recordar do risco político que acompanha o papel do Banco do Brasil. A Genial afirma que as eleições presidenciais do ano que vem podem “tirar o brilho de uma potencial recuperação da ação”.
Já a Ativa argumenta que as recentes ações do governo “nos tornam céticos sobre uma possível melhora na governança”. O Credit Suisse também prefere se posicionar no setor nos bancos privados, considerando o pleito presidencial.
Mesmo assim, o Safra lembra que a ação tem uma avaliação extremamente baixa, com preço sobre lucro para 2022 de 4,3 vezes, abaixo da média histórica de 7 vezes, combinado com a perspectiva de crescimento robusto dos ganhos à frente.
A recomendação do banco é outperform, ou desempenho acima da média do mercado, com preço-alvo de R$ 48, potencial de alta de 63%.
A 💥️Ágora ressalta, porém, que possui dúvidas sobre quão sustentável são os números do banco.
“Olhando para o futuro, acreditamos que todos os olhos devem estar voltados para como esses fundamentos se comportarão em um cenário macro mais desafiador em 2022”, dizem Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão.
💥️Veja as recomendações
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