Reino Unido propõe na COP26 adoção de promessa de cortes de emissões até 2022
Pelo Acordo de Paris, países concordaram em manter o aquecimento global bem abaixo dos 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e tentar limitá-lo a 1,5ºC (Imagem: REUTERS/Yves Herman)
Os anfitriões britânicos da 💥️Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP26) em 💥️Glasgow estão propondo que os países mostrem mais ambição no corte de emissões de gases de efeito estufa até o ano que vem em um esboço de decisão política que será negociado ao longo dos próximos três dias.
A proposta sublinha os receios de especialistas e ativistas do 💥️clima de que exista uma grande disparidade entre as atuais promessas nacionais e os cortes de emissões rápidos que são necessários para impedir que o mundo mergulhe em uma crise climática propriamente dita.
O primeiro esboço da decisão política a ser adotada na conferência, que a 💥️Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou na manhã desta quarta-feira, pede aos países que “revejam e reforcem as metas de suas contribuições determinadas nacionalmente para 2030, tal como necessário para se alinharem à meta de temperatura do Acordo de Paris até o final de 2022”.
Trocando em miúdos, isto obrigaria os países a adotar metas climáticas mais rigorosas no ano que vem, uma exigência fundamental dos países mais vulneráveis aos impactos da mudança climática.
Pelo Acordo de Paris, países concordaram em manter o aquecimento global bem abaixo dos 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e 💥️tentar limitá-lo a 1,5ºC.
Cientistas dizem que cruzar o patamar de 1,5ºC agravaria a elevação do nível dos mares, inundações, secas, incêndios florestais e tempestades que já acontecem, e que alguns impactos poderiam se tornar irreversíveis.
O esboço também pediu aos países que acelerem os esforços para descartar a queima de carvão e suspender gradualmente os subsídios aos 💥️combustíveis fósseis, mirando diretamente o 💥️carvão, o 💥️petróleo e o 💥️gás que produzem dióxido de carbono, o principal contribuinte para a mudança climática provocada pela humanidade.
O texto não estabeleceu uma data para o fim gradual do uso desses combustíveis, mas a ênfase neles pode enfrentar com uma reação de grandes produtores de energia.
Helen Mountford, vice-presidente do World Resources Institute, disse que a referência explícita ao carvão, ao petróleo e ao gás foi um avanço em relação a cúpulas climáticas anteriores. “A verdadeira questão será se ela pode ser mantida”.
Diplomatas debaterão nesta quarta-feira para tentar acertar um texto final até o encerramento da conferência de duas semanas na sexta-feira.
O cumprimento da decisão política não será obrigatório, mas terá o peso dos quase 200 países que assinaram o Acordo de Paris de 2015.
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