Dólar sobe e volta a R$ 5,50 com risco fiscal doméstico e força da moeda no exterior

Dólar

Na sexta passada, a moeda já havia subido 1%, afastando-se de uma mínima em mais de um mês de 5,4031 reais da sessão anterior  (Imagem: Pixabay/tinchoinfante)

O 💥️dólar (💥️USDBLR) tornou a subir de forma expressiva ante o real, com as operações locais voltando de um feriado e repercutindo a força da moeda norte-americana no exterior e renovadas preocupações domésticas do lado fiscal nesta terça-feira.

O mercado não reagiu bem a declarações do presidente 💥️Jair Bolsonaro de que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pelo 💥️Congresso irá abrir espaço para a concessão de reajuste aos servidores públicos federais, justificando o eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à 💥️inflação.

Na véspera, Bolsonaro já havia dito que a folga no teto de gastos a ser criada pela PEC dos Precatórios poderia ser usada para reajuste dos servidores federais, além de seu propósito principal, que é financiar o novo programa de transferência de renda 💥️Auxílio Brasil.

Os comentários endossam receios de investidores sobre uma política fiscal ainda mais expansionista por parte do governo, cuja pressão pelo Auxílio Brasil impôs derrota à narrativa de austeridade fiscal do ministro da 💥️Economia, 💥️Paulo Guedes, e provocou forte deterioração nos ativos domésticos ao longo de outubro em meio a temores de descontrole nas contas públicas.

Evidência disso, gestores de fundos consultados pelo 💥️Bank of America passaram a ver a piora fiscal como o maior risco à economia brasileira, conforme pesquisa deste mês de novembro. Em outubro, o posto era ocupado pelas 💥️eleições de 2022.

Isso gerou efeito colateral ainda nas avaliações para a taxa de câmbio. A mesma sondagem apontou que a maioria (pouco mais de 40%) dos consultados vê o dólar entre 5,41 reais e 5,70 reais no término de 2022.

Em outubro, a maior parcela (de mais de 30%) via o 💥️câmbio entre 4,81 reais e 5,10 reais.

No fechamento desta terça, o dólar à vista valorizou-se 0,79%, a 5,4999 reais na venda. A cotação variou de 5,4301 reais (-0,49%) a 5,51 reais (+0,97%).

Na sexta passada, a moeda já havia subido 1%, afastando-se de uma mínima em mais de um mês de 5,4031 reais da sessão anterior.

Mas o dólar mais forte não foi exclusivo do Brasil. A moeda norte-americana saltava 0,4% ante rivais de países ricos nesta terça-feira, batendo máximas em 16 meses após fortes dados econômicos nos EUA endossarem expectativas de aperto monetário por lá, movimento que favoreceria a moeda norte-americana.

Soma-se a isso a perspectiva de menor ímpeto para a economia global, conforme visão da Capital Economics, que baixou projeções de crescimento global em 2022.

Ciclos de expansão econômica mais fraca tendem a ser benéficos para o dólar, ativo visto como de segurança.

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