Magazine Luiza perde “um Santander” em valor em um ano. Há esperança para a ação?

Magazine Luiza

O 💥️Money Times ouviu analistas e economistas para entender o futuro da empresa em um 2022 que se desenha pior que 2023, com inflação alta, crescimento baixo e, no meio disso tudo, pleito presidencial (Imagem: Faceboo/Magazine Luiza)

O 💥️Magazine Luiza (💥️MLGU3) não vive um bom momento quando o assunto é valor de mercado. Segundo dados da 💥️Economática, a companhia, até então queridinha entre os investidores, perdeu R$ 116,7 bilhões desde a máxima do dia 5 de novembro de 2023. A ação derreteu mais de 60% nesse período.

Para efeito de comparação, no último dia 17 de novembro, o 💥️Santander (💥️SANB11) valia R$ 127,6 bilhões no mercado.

Fora o gosto amargo, os investidores do Magazine Luiza se perguntam agora o que fazer com a ação: vender e evitar um estrago ainda maior ou manter o papel e torcer por uma valorização em 2022?

Pensando nisso, o 💥️Money Times ouviu analistas e economistas para entender o futuro da empresa em um 2022 que se desenha pior que este ano, com inflação alta, crescimento baixo e, no meio disso tudo, pleito presidencial. 

💥️Números do terceiro trimestre 

Apesar da queda vertiginosa dos últimos meses, o Magalu ainda é considerado um caso de sucesso. Nos últimos cinco anos, a companhia acumula alta de 2.365%, saindo do patamar de R$ 0,38 para os atuais R$ 9,37. No caminho, a ação deixou o nível das microcaps para alcançar o status de uma das integrantes do Ibovespa, com 2,3% de participação. Como comparação, basta lembrar que o Santander representa apenas 0,61% do índice.

Na visão de Vitor Miziara, sócio da Critéria Investimentos, a companhia, mesmo com o tombo, ainda é um papel caro, muito acima de outras empresas do setor.

“O Magalu ficou caro, porque as expectativas de crescimento estavam aceleradas, as pessoas estavam comprando a valorização das ações, mais do que os resultados em si. Agora, para o próximo ano, esse crescimento ficou em xeque”, afirma.

Alexsandro Nishimura, economista e head de conteúdo da BRA, acrescenta que, para uma ação que “acostumou” os investidores a liderar os ganhos do ano, é impactante ver a Magalu perder mais de 60% do seu valor.

Ele afirma ainda que o atual cenário macroeconômico nacional, com elevado nível de 💥️inflação, 💥️taxa de juros e 💥️desemprego, pega o setor de varejo em cheio, já que afeta o consumo e o poder de compra das famílias. 

“No balanço do terceiro trimestre, a deterioração macro começou a aparecer, conforme alguns analistas destacaram, devido ao fraco desempenho do varejo físico, consumo de caixa para fortalecimento dos estoques e lucratividade pressionada”, completa. 

Apesar disso, Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, diz que os resultados do terceiro trimestre mostraram uma evolução da companhia, com a ampliação do seu ecossistema. “Não aconteceram coisas atípicas, como a 💥️Via (💥️VIIA3) 💥️que anunciou impacto de acordos trabalhistas”.

Everton Medeiros, especialista da Valor Investimentos, recorda que, apesar dos pesares, a varejista mostrou evolução no 💥️e-commerce, que avançou 22%.

💥️Concorrência feroz

Mercado Livre

Na última quinta-feira, o Mercado Livre captou US$ 1,6 bilhão em uma oferta de ações (Imagem: Divulgação/REUTERS)

Outro ponto levantado por analistas é a concorrência cada vez mais acirrada com a chegada de rivais estrangeiros, como a americana 💥️Amazon e as asiáticas 💥️Alibaba e 💥️Shopper. Na última quinta-feira (18), o 💥️Mercado Livre 💥️captou US$ 1,6 bilhão em uma oferta de ações

Em relatório enviado a clientes, o 💥️Credit Suisse destaca que a companhia argentina assumiu a dianteira e agora tem maior poder de fogo para investir na construção de seu ecossistema.

Contudo, o banco suíço ressalta que o cenário competitivo vai permanecer tão feroz quanto foi nos últimos anos.

“Além disso, Magalu e 💥️Americanas (💥️AMER3) ainda têm muitos recursos, o que ajuda no crescimento da receita”, completa.

Miziara, da Critéria, aponta que essas companhias entraram no Brasil com diferenciais que o Magazine Luiza estava buscando, como as entregas super rápidas e as retiradas em lojas. 

Com mais concorrentes na praça, a empresa terá que suar a camisa se quiser se destacar, o que implica em mais gastos com marketing e vendas.

“O nível da concorrência vai aumentar muito no ano que vem, com queda nas margens. Essa briga vai começar a ser mais acirrada”, diz Miziara.

💥️Black Friday pode ser tábua de salvação?

A 💥️Black Friday, que, neste ano, ocorrerá em 26 de novembro, e as festas de fim de Ano são a esperança dos investidores para o final do ano. Na sessão desta sexta-feira (19), o papel deu um alívio ao fechar em alta de 3,34%, mas muito distante de recuperar as perdas das últimas semanas. 

Mesmo assim, Rodrigo Crespi, especialista de mercado da💥️ Guide Investimentos, recorda que os smartphones, por exemplo, devem ser bem procurados na Black Friday, mas a escassez de componentes dificultará ofertas mais atrativas. 

Até o momento, os dados não são nada animadores:💥️ segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas da promoção Black Friday apresentarão neste ano a primeira queda em cinco anos.

💥️O que fazer com o papel?

Para 2022, Medeiros, da Valor Investimento, espera que a Magalu entregue resultados positivos, principalmente por conta das vendas sazonais no final de ano. Entre as 15 principais casas de análises, 10 recomendam compra, 5 recomendam manter e nenhuma indica a venda.

“Isso é um termômetro importante para o mercado. Em função do histórico de resultados sólidos que a Magalu mantém, a nossa visão é positiva, principalmente pelas medidas econômicas que vêm sendo tomadas até para conter a inflação no próximo ano”, completa. 

O Credit Suisse afirma que o curto prazo continuará a ser difícil para o segmento, devido ao crescimento fraco em canais físicos. 

“No entanto, acreditamos no aumento da penetração do e-commerce e atrativos crescimento para 2022, o que pode representar um ponto de inflexão para o Magazine Luiza”, observa o banco.

A instituição tem recomendação outperform para o papel, com preço-alvo de R$ 15, o que implica alta de 61% ante o último fechamento. 

Já Cruz, da RB Investimentos, lembra que, em 2022, o investidor pode preferir ações mais resilientes, como uma 💥️Petz (💥️PETZ3) ou uma 💥️Espaçolaser (💥️ESPA3). “Empresas que vão continuar crescendo independentemente de quem assuma a presidência”, completa.

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