No ‘velho’ Brasil de volta, em 2022 a renda fixa fica mais na medida com a LCA na cabeça
Investimentos do agronegócio atraem mais os bancos que revertem em mais atrativos das LCAs
Depois que o 💥️Banco Central deu a largada ao processo de altas dos 💥️juros, as estatísticas de crescimento da captação de recursos em renda fixa dispararam em 2023.
Não será nada diferente em 2022, com os investidores já somando os 7,25 pontos percentuais da 💥️Selic até agora (9,25%) e os novos reajustes que, ninguém dúvida, virão no novo ano.
No cardápio à disposição do mercado que quer se proteger da inflação e das incertezas políticas-econômicas, e, por definição, fugir da volatilidade em renda variável, a 💥️Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) vem batendo a maioria dos outros papéis.
Aqui cabe um parêntese: a expansão superior a 50%, sobre novembro de 2023, tem mais há ver com o alvo destinatário do dinheiro captado do que com a deterioração da economia. A 💥️LCA leva dinheiro ao agronegócio, setor que cresce enquanto os outros caem, portanto os bancos emissores estão também financiamento mais a cadeia e precisam de lastro.
Como lembra Gabriel Mallet, chefe de renda fixa da gestora 💥️Vítreo, a maior exposição das instituições em empréstimos ao agronegócio aumentou a oferta ao público de opções em prazos de resgate (mais curtos e rentabilidade maior) e valores de entrada mais amigáveis, entre outros.
O mix de atrativos cresceu em proporção.
Se não fosse por isso, a 💥️Letra de Crédito Imobiliário (LCI) estaria com demanda igualmente aquecida, uma vez que goza dos mesmos padrões de garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FDC), até R$ 250 mil, e isenção de Imposto de Renda.
No dia 9 de dezembro, o estoque de LCAs obrigatoriamente registrado na 💥️B3 (💥️B3SA3) estava acima de R$ 169,411 bilhões. Como foi dado aqui em 💥️Money Times, em novembro do ano passado era de R$ 105 bilhões. Em LCIs, R$ 133,357 bilhões, saindo de próximo R$ 100 bilhões.
O que vai marcar daqui para frente o título, segundo Mallet, é que em linha com a sequência de bom desempenho do agronegócio – grãos seguindo a proa, em recordes, recuperação parcial da sucroenergia e as carnes dentro dos padrões dos últimos anos, entre outros exemplos -, o risco Brasil vai dar outro empurrão.
O head de renda fixa da Vítreo acredita em 12% de juros básicos já no primeiro semestre, com o 💥️Copom tentando domar a inflação, em meio à mistura de fundamentos de altas, que sobreviverão a 2023, e a volatilidade mais explícita ainda em ano de eleição.
Então, a LCA pré-fixada em 💥️IPCA poderá perder para a indexação pelo 💥️Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Já há LCAs com de CDI cheio na praça, mais deverá ter muito mais porque os investidores podem apostar que a inflação vai ser controlada.
Selic em dois dígitos e 100% de CDI é LCA com dois dígitos de rentabilidade.
Outro parêntese: se as LCAs já tinham a cara do investidor pessoa física, com a garantia do FDC e zero de IR, e, depois com a flexibilização oferecida pelas instituições em prazos, retorno e investimento inicial, vão ficar mais ainda.
Pelo último recorte da B3, em novembro passado o número de pessoas físicas era de 593 mil, salto de 49% sobre igual período de 2023, como 💥️Money Times publicou em 13/11.
Na somatória, o ‘velho’ Brasil de volta ficando na medida da renda fixa e das LCAs.
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