Abics e Ital querem mostrar que café solúvel não será mais tipo ‘macarrão instantâneo’
Café de “menor” padrão, usado no solúvel, vai ter classificação geral de qualidade (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
Quem pensa em 💥️café solúvel, invariavelmente pensa em uma bebida em que o lado sensorial da qualidade é desprezado. Vale resolver a vontade, instantaneamente.
É como se fosse macarrão instantâneo, feito para matar a fome, de forma rápida, e ninguém liga se é ruim ou muito ruim.
Na Europa, particularmente, não é bem assim. O 💥️café robusta, tipo usado diretamente, é comprado no Vietnã e no Brasil para produção com pegada de qualidade.
Daí que, agora, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), fez parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), do sistema do 💥️agronegócio do governo paulista, para mudar essa lógica.
O produto brasileiro exportado, para levar a marca dos compradores internacionais – modelo que ainda prevalece no setor, inclusive nas exportações ‘sem marca’ do grão tipo arábica comum ou especial -, vai sair com classificações de qualidade.
“Convencional, diferenciados e de excelência”, em metodologia desenvolvida para essa finalidade, juntando, ainda, indicadores tradicionais de análise do café, como torra, por exemplo.
Pode funcionar nos grandes importadores mundiais, que respondem por 27% de todo café consumido no mundo.
No Brasil não deverá pegar essa mudança mercadológica.
Porque, independentemente de que a grande maioria do café de coador ou expresso que se toma ser de baixa qualidade, o paladar brasileiro não está preparado para o solúvel em qualquer plano.
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