Pré-Mercado: Jerome Powell é o nome do dia

Haverá ilusionismo de Powell para os mercados? / ✅O Ilusionista (2009)

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💥️Bom dia, pessoal!

Em dia extremamente relevante para a política monetária global, os mercados asiáticos seguiram os rumos de ontem (14) das Bolsas ocidentais e fecharam em queda, obedecendo a uma lógica de cautela pela decisão do Federal Reserve, a ser divulgada hoje.

O movimento de correção por lá se deu apesar dos dados de produção industrial da China mais fortes do que o esperado, outro sinal de que as cadeias de suprimentos globais continuam fornecendo bens em um ritmo recorde e voltam à normalidade gradualmente. As vendas no varejo chinesas, contudo, cresceram com menor intensidade.

Há uma predominância de humor positivo nos mercados europeus nesta manhã, mas os números estão tão próximos da estabilidade, em compasso de espera para a conclusão do Fomc hoje, que eles podem virar a qualquer momento.

Os futuros de ações dos EUA, por sua vez, apontam para queda nessa terça-feira, com os investidores também acompanhando, além do Fed, os avanços da variante ômicron no país.

O Brasil está inserido nesta dinâmica global, o que não nos impede de surfarmos nossos próprios dados hoje.

A ver…

💥️Depois de uma ata hawkish, dados de atividade são esperados

Depois de digerir ontem (14) a ata “hawkish” (contracionista) do Banco Central sobre seu encontro da semana passada, que confirmou a mensagem expressa no comunicado sobre o aperto monetário brasileiro, os investidores acompanham hoje, principalmente, outra divulgação da autoridade monetária.

Desta vez, é o dado do IBC-Br (prévia do PIB) de outubro que está no radar, com mediana de queda de 0,4% na comparação mensal, o que confirmaria mais um indicador negativo para a atividade brasileira. Paralelamente, dados prévios de inflação, como o IGP-10 da FGV, podem trazer deflação, confirmando o possível ponto de inflexão que vivemos no momento.

Repercutiu também sobre o mercado doméstico a avaliação da agência de rating Fitch, que, apesar de ter reafirmado a nota soberana do Brasil em BB-, alterou a perspectiva para negativa, usando como justificativa os riscos fiscais para a economia, com a flexibilização do teto de gastos, a deterioração das expectativas de inflação e a volatilidade do real, sem falar na improvável sequência que teremos para as reformas antes das eleições.

Sobre este tema, a Câmara continua hoje a votação da PEC dos Precatórios, que teve seus trechos remanescentes aprovados em primeiro turno ontem por 327 votos a 147.

Também podem ser analisados os projetos da BR do Mar, do Refis e da política de preços da Petrobras.

💥️A noiva chegou à igreja

Ontem (14), o índice de preços ao consumidor (PPI) nos Estados Unidos atingiu o patamar de 9,6% na medida anual, o mais alto em mais de 10 anos e após o aumento anual de 6,8% dos preços ao consumidor na última sexta-feira (10).

O dado levou os investidores a entenderem como mais provável um Federal Reserve mais agressivo hoje, na conclusão do encontro de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

O mundo todo está atento ao comunicado e à entrevista de Jerome Powell (16h30), que atualizará as projeções econômicas e o “gráfico de pontos” (comentaremos mais a seguir).

O esperado é que a autoridade possa aumentar o ritmo de redução gradual da compra mensal de ativos (tapering) para até US$ 30 bilhões (US$ 20 bilhões por mês nas compras de títulos do Tesouro e US$ 10 bilhões por mês nas compras de títulos lastreados em hipotecas).

O movimento colocaria o programa no caminho certo para terminar em março de 2022. Assim, o mercado acredita que as comunicações da reunião de dezembro do Fomc serão vistas como hawkish.

A aceleração do tapering abrirá o caminho para um aumento potencial das taxas no segundo trimestre.

💥️O famoso “gráfico de pontos”

O chamado “gráfico de pontos” do Fed de projeções de aumento de taxas é provavelmente uma das coisas mais interessantes não só do dia de hoje ou da semana, mas do mês de dezembro.

Na última vez, em setembro, o gráfico de pontos mostrou que os membros do comitê estavam divididos igualmente entre uma elevação gradual da taxa de juros e nenhuma no ano de 2022. Isso certamente será alterado nesta quarta-feira.

O novo “gráfico de pontos” do Federal Reserve pode mostrar uma alta de mais de um quarto de ponto percentual na taxa básica de juros do banco central em 2022. No último “gráfico de pontos” lançado, o Fed marcou apenas um aumento nas taxas.

O gráfico de pontos também indicou três aumentos das taxas em 2023 e em 2024, de modo a empurrar as taxas de juros para próximo de 2%.

Hoje, o gráfico pode mostrar um ritmo mais rápido de aumento das taxas de juros no próximo ano, provavelmente revelando um avanço nos pontos, com uma trajetória mediana de dois aumentos em 2022 e três aumentos em 2023 e em 2024.

O presidente Powell provavelmente destacará os riscos crescentes de inflação, enquanto também aponta para a incerteza da ômicron.

💥️Anote aí!

Lá fora, além de acompanharmos o Fed, também contamos com as vendas no varejo dos EUA em novembro, que devem desacelerar.

A expectativa é de alta de 0,7% nas vendas no varejo com ajuste sazonal, ante alta de 1,7% em outubro. Dados de exportação e importação do mês de novembro também estão no radar, mas acabam sendo secundários neste dia.

No Brasil, ficamos com algumas discussões em Brasília, além das já expostas acima.

O Senado pode votar, entre outros temas, o projeto de lei que trata do marco legal da microgeração e minigeração distribuída, que pode servir de gatilho para o setor listado. Adicionalmente, o Tribunal de Contas da União (TCU) pode analisar o processo de desestatização da Eletrobras.

💥️Muda o que na minha vida?

Depois de conseguir acordo para aprovar a extensão do teto da dívida, o presidente dos EUA, Joe Biden, fará lobby nesta semana com o senador Joe Manchin (democrata), cujo voto é fundamental para a aprovação do projeto de lei de gastos sociais de quase US$ 2 trilhões, mas que não se comprometeu a apoiá-lo.

Os democratas esperam aprovar o projeto até o Natal.

Ainda não houve novos comentários relevantes do senador desde o relatório de inflação da última sexta-feira, no qual o índice de preços ao consumidor subiu 0,8% em novembro, em relação ao mês anterior, e 6,8% ano a ano.

Os democratas, por sua vez, disseram que o índice não reflete as melhorias, como os preços médios da gasolina caindo 10 centavos em relação a novembro, para US$ 3,32 o galão.

Além disso, parte da argumentação do plano passa pela economia para famílias com renda média, ao passo que este oferece menores custos com saúde, creche, medicamentos prescritos e outros itens.

Como consequência, entende-se que os preços do gás caíram potencialmente 25%. Ou seja, haveria pressão desinflacionária.

Outra questão é que o próprio projeto não é de um gasto pontual a ser realizado em um só ano. Pelo contrário, ele se dilui pelos próximos anos, assim como o pacote anteriormente aprovado. Por isso, ser contra o programa justificando apenas inflação parece bastante inadequado.

Na reta final desta aprovação, passada a novela do Federal Reserve, uma apreciação do texto seria vista positivamente pelo mercado.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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