IBC-Br tem 4ª queda seguida em outubro e endossa risco de nova contração do PIB no 4º tri

Comércio Varejo

No trimestre móvel até outubro, o IBC-Br recuou 0,94%. Sobre o mesmo mês de 2023, houve baixa de 1,48% (Imagem: Agência Brasil/ Fernando Frazão)

A 💥️economia brasileira começou o quarto trimestre em tom desanimado, amargando em outubro a quarta queda mensal seguida e no pior desempenho para o mês em sete anos, num mau presságio sobre os rumos da atividade neste fim de ano.

Os dados do 💥️Índice de Atividade Econômica do Banco Central-Brasil (💥️IBC-Br) divulgados pelo 💥️Banco Central nesta quarta-feira reforçaram cenários de nova retração do 💥️Produto Interno Bruto (💥️PIB) nos últimos três meses do ano, depois de no terceiro trimestre a economia já ter entrado em recessão técnica ao declinar 0,1%.

“Por enquanto, o PIB vai cair mais no quarto trimestre do que no terceiro”, disse o economista-chefe do 💥️Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves.

A Nova Futura Investimentos projeta contração de 0,2% do PIB no quarto trimestre e vê a perda de ímpeto do IBC-Br como “bastante disseminada”.

O IBC-Br & uma medida da evolução do ritmo de atividade no país& caiu 0,40% em outubro sobre setembro, com dados ajustados sazonalmente, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

A queda foi mais forte do que a de 0,20% prevista por analistas em pesquisa da 💥️Reuters.

O diretor de pesquisas econômicas para a 💥️América Latina do 💥️Goldman Sachs, Alberto Ramos, chamou atenção para “significativas” revisões para baixo nos números de julho (menos 24 pontos-base, para -0,12%, com ajuste sazonal), agosto (-15 pontos-base, a -0,45%) e setembro (-20 pontos-base, a -0,46%).

Em suas contas, a queda de outubro deixa o carregamento estatístico para o quarto trimestre em -0,86% & ante o terceiro trimestre e com ajuste sazonal.

Ou seja, se a economia ficar parada em novembro e dezembro, acumulará retração de 0,86% nos últimos três meses do ano.

Pelos números do BC, o IBC-Br está 1,90% abaixo do patamar pré-pandemia e 7,91% aquém do pico do ciclo, alcançado em dezembro de 2013.

Ramos ainda espera que algumas áreas do 💥️setor de serviços se recuperem ainda mais nos próximos meses, em conjunto com o progresso no programa de vacinação contra a Covid-19, reabertura da economia e novo estímulo fiscal, mas faz ressalvas sobre os impactos dos aumentos dos preços.

“A alta inflação de dois dígitos, aumento das 💥️taxas de juros (condições financeiras domésticas mais apertadas), interrupções na cadeia de suprimentos afetando o setor manufatureiro, aumento do ruído político e da incerteza política e a erosão da confiança do consumidor e das empresas estão gerando ventos contrários visíveis para a atividade”, disse em nota.

Dados recentes de varejo, serviços e de confiança vieram mais fracos, acendendo o alerta sobre a estagnação da atividade.

Piora disseminada

A perda de força do IBC-Br é percebida em quase todas as análises de período.

No trimestre até outubro sobre o trimestre até julho, o IBC-Br recuou 0,94%, aprofundando a queda depois de recuar 0,65% nessa base de comparação em setembro e 0,26% em agosto.

Na comparação entre o trimestre móvel (até outubro contra três meses até setembro) & uma medida de tendência& , o índice recuou 0,44%, contra baixas de 0,34% em setembro, 0,16% em agosto e 0,14% em julho.

O dado de outubro de 2023 sobre um ano antes mostrou retração de 1,48%, uma reviravolta ante altas de 0,69% em setembro e de 4,06% em agosto.

Nos três meses até outubro de 2023 sobre um ano antes, o índice registrou alta de 1,06%, ante ganhos de 3,27% em setembro, 5,95% em agosto, 9,28% em julho e 13,35% em junho.

O IBC-Br ainda sobe 4,99% no acumulado de 2023 e ganha 4,19% em 12 meses.

A baixa de 0,40% em outubro sobre setembro foi a mais forte para o mês desde 2014 (-0,60%). O dado de setembro foi revisado para pior e agora mostra retração de 0,46%, ante contração de 0,27% reportada inicialmente.

Com a revisão para pior, o IBC-Br marcou contração de 0,65% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, frente à taxa negativa de 0,14% divulgada inicialmente.

O número também indica recessão técnica, conforme já apontado pelo 💥️IBGE nos números do PIB do terceiro trimestre, que caiu 0,1%.

O IBC-Br já havia recuado 0,45% em agosto e 0,12% em julho. A série negativa de quatro meses é a mais longa desde as seis baixas consecutivas registradas entre julho e dezembro de 2016.

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