Pré-Mercado: Um par de meias de presente para o mercado, mais dados de inflação
Quem sequestrou o rali de Natal no Brasil? | O Estranho Mundo de Jack (1993)
Oportunidades do dia
Último dia do rally da Super Renda Fixa
Hoje por volta das 10h, pela última vez no ano, Gabriel Mallet, head de renda fixa da Vitreo, vai enviar uma oportunidade imperdível de renda fixa a uma lista exclusiva, com taxas vantajosas e cashback de R$150,00. Confira todos os detalhes e faça parte dessa lista.
[💥️QUERO ME INSCREVER NA LISTA]
Hoje também é o último dia para investir no metaverso com a maior vantagem
A Vitreo elaborou um veículo para você se expor ao potencial disruptivo do metaverso. Caso você invista até hoje, ainda poderá ganhar de graça uma assinatura premium da Empiricus, além de cashback. Confira os detalhes e aproveite que ainda dá tempo.
[💥️QUERO INVESTIR NO METAVERSO]
💥️Bom dia, pessoal!
No último pregão antes do feriado de Natal, os mercados asiáticos avançaram refletindo a performance de ontem nas Bolsas do Ocidente, embaladas pelo otimismo depois dos dados econômicos positivos nos EUA. Com a liquidez cada vez menor nos últimos dias do ano, os principais índices globais ainda estão a caminho de um ganho na semana do Natal.
O aumento nos casos de coronavírus por causa da variante ômicron continua pairando sobre os mercados, juntamente com as preocupações sobre a alta da inflação e seu impacto no crescimento econômico de 2022. Mesmo assim, os investidores parecem decididos a continuar comprando ativos. Aliás, por falar em inflação, contamos com dados de preços aqui no Brasil e lá nos EUA.
Este é o último Transparência Radical do ano. Voltamos com a nossa programação normal a partir do dia 3 de janeiro. Haverá recesso na semana que vem também nas newsletters de renda fixa e renda variável, que só voltam no primeiro fim de semana de janeiro de 2022. Agradecemos muito a companhia e o carinho de todos nossos leitores – ano que vem tem mais!
Desejamos a todos um Feliz Natal e um Ano Novo muito próspero!
Boas festas!
Hoje é dia de absorvermos a famosa prévia da inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15. Segundo a mediana das estimativas do mercado, o indicador deve entregar uma alta de 0,82% em dezembro na comparação com o mês de novembro, quando o índice subiu 1,17%.
Com isso, o resultado seria uma desaceleração do indicador, principalmente proporcionada por um menor ímpeto dos preços dos combustíveis – poderá ser o primeiro valor abaixo de 1% desde agosto. A faixa de projeção varia de 0,67% a 0,96% em seu maior resultado, com um índice acumulando 10,47% em 2023 caso a mediana se confirme, na primeira desaceleração do acumulado em mais de um ano.
Os primeiros sinais de recuo da inflação são indicações importantes não só para nós, do mercado, como também para a autoridade monetária, que tem se esforçado em sua tentativa de ancorar as expectativas de inflação. Com isso, poderemos ter os primeiros sinais mais claros de uma Selic terminal (para o final do ciclo) já na próxima reunião do Copom, o que daria maior tranquilidade aos mercados, que uma maior desaceleração da economia em 2022.
Nos últimos dois dias, o S&P 500 dos EUA subiu 2,8%, deixando para trás a correção de segunda-feira. Além disso, nota-se que a recuperação dos ativos americanos não só aconteceu, como também se deu de modo unilateral, com todos os 11 setores do índice terminando em alta ontem, em paralelo da queda da volatilidade, igualmente caindo pelo segundo dia; um sinal de estabilidade.
Fica cada vez mais no esquecimento a correção de segunda-feira, que foi alimentada em grande parte pelo temor de que a rápida disseminação da variante ômicron pudesse prejudicar a recuperação econômica. Claro, a Covid continua sendo uma preocupação, mas a promessa do presidente Joe Biden de não propor restrições severas, novos estudos indicando que o ômicron pode ser menos grave do que as variantes anteriores e a autorização do antiviral Covid da Pfizer melhoraram o clima.
Para contrabalancear este humor, investidores digerem hoje os dados de renda pessoal e as despesas de consumo do mês de novembro. Na mediana das estimativas, os ganhos do consumidor deverão aumentar 0,6%, enquanto os gastos sobem 0,5%.
Já o índice de preços da despesa de consumo pessoal (PCE), que é o indicador predileto do Federal Reserve para nivelar sua política monetária, deve ter aumentado 4,5% em novembro (base anual). Caso venha abaixo do esperado, o Fed pode ter argumentos para atenuar seu tom em sua próxima reunião nos dias 25 a 26 de janeiro.
A incerteza sobre o impacto de novas variantes na economia provavelmente causará mais oscilações no mercado de ações, em meio ao endurecimento de restrições de governos na Ásia e na Europa. Neste contexto, Israel está prestes a se tornar o primeiro país do mundo a administrar uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, que daria maior proteção em face da ômicron.
Israel foi uma das primeiras nações a vacinar sua população no início deste ano e, em seguida, realizou a primeira campanha de reforço do mundo, quando o Delta assolou o país. O primeiro grupo elegível para receber a vacina será o de pessoas com 60 anos ou mais, bem como profissionais da saúde e demais grupos de risco (imunocomprometidos). A quarta injeção será recomendada após esperar pelo menos quatro meses a partir da terceira dose.
Adicionalmente, o comitê ministerial do governo encarregado de conduzir a política de combate à pandemia também decidiu sobre uma série de novas medidas, as quais contemplam principalmente o tamanho de aglomerações em locais fechados, como shoppings, bem como a prova de vacinação completa para entrada em lojas com mais de 100 metros quadrados. Tais movimentos de Israel deverão ser seguidos por outras regiões do mundo, inclusive pelo Brasil.
Lá fora, nos EUA, além dos dados de renda, o mercado também acompanha o relatório de bens duráveis de novembro, que deve apresentar um aumento de 2,1%. Além disso, não podemos esquecer dos tradicionais semanais pedidos iniciais de auxílio-desemprego para a semana encerrada em 18 de dezembro.
Aqui no Brasil a agenda é interessante principalmente pelo IPCA-15, mas também podemos contar com o INCC-M e Confiança da Construção em dezembro, bem como o IPC-S da 3ª quadrissemana do mês.
Ainda há espaço para um suposto “rali de Natal”, se não no Brasil, ao menos nos EUA. Tal rali se dá geralmente nos últimos cinco pregões de dezembro e nos dois primeiros pregões de janeiro, quando o mercado costuma subir em meio ao menor nível de negócios do mercado (menor liquidez), com um retorno médio de 1,33% no período de sete pregões.
Esse desempenho é classificado como a terceira melhor combinação de sete pregões consecutivos para qualquer momento do ano. Além disso, os mercados tendem a registrar um ganho em 79% das vezes, o que ocupa o primeiro lugar no ranking dos sete pregões em termos de consistência.
Para ilustrar, na última década, o S&P 500 subiu em todos os anos nessa faixa do ano novo, exceto o período entre 2014 e 2015 e entre 2015 e 2016. Muitas poderiam ser as explicações para este movimento, como uma antecipação do famoso “efeito janeiro” na Bolsas internacionais, que também oferece um período de ganhos para as ações, ou até mesmo um desdobramento mais técnico, em que as pessoas físicas comprariam as posições de gestores, enquanto estes ajustam suas posições por fins fiscais.
Contudo, nem tudo são rosas. Historicamente, caso não haja o tal “rali de Natal”, o mercado costuma registrar perdas em janeiro – isso é verdade desde 2000. Por exemplo, as viradas de 1999, 2005, 2008, 2015 e 2016 levaram consistentemente a quedas em janeiro. Por isso, será importante que acompanhemos a performance nos próximos dias, de modo a termos um cheiro de como o primeiro mês do ano que vem poderá ser.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
O que você está lendo é [Pré-Mercado: Um par de meias de presente para o mercado, mais dados de inflação].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments