É possível que o pior de 2022 esteja sendo experimentado agora, aponta Gustavo Franco
“É possível que o pior de 2022 esteja sendo experimentado agora, ou mesmo já tenha ficado para trás. A ver”, diz Gustavo Franco (Imagem: Claudio Gatti/Dedoc)
O ex-presidente do Banco Central e conselheiro sênior da gestora 💥️Rio Bravo, 💥️Gustavo Franco, aponta em sua carta de retrospectiva de 2023 que o desempenho ruim dos mercados financeiros do Brasil, em destoamento ao dos internacionais, na verdade revela uma antecipação ao cenário esperado para 2022.
“Já se tornou um clichê o prognóstico que 2022 será tumultuado em razão da eleição. A sabedoria de mercado, todavia, é de que todo prognóstico consensual é sempre antecipado, de tal sorte a trazer para o presente o que já se toma como certo para o futuro”, explica Franco.
“É possível que o pior de 2022 esteja sendo experimentado agora, ou mesmo já tenha ficado para trás. A ver”, continua ele.
Balões de ensaio
Em seu texto (💥️cuja íntegra pode ser lido aqui), Franco lembra que em 2023 alguns “balões de ensaio” soltados pela equipe econômica de 💥️Paulo Guedes, mesmo sem apoio explícito de 💥️Jair Bolsonaro, ganharam corpo e hoje se tornaram os “grandes feitos do governo”.
“É o caso de vários assuntos que vinham de longe: (i) a Lei Complementar 179, em fevereiro, elevando a autonomia do Banco Central ao estabelecer mandatos para seus dirigentes; (ii) o leilão da CEDAE em abril, o primeiro grande evento do novo marco do saneamento, aprovado em meados do ano anterior; assim como (iii) o leilão da frequência 5G, ocorrido em novembro. Nada disso estava nos planos do governo”, destaca.
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