Visa e ConsenSys se unem no desenvolvimento de tecnologia para CBDCs

A tecnologia será desenvolvida para fornecer a conversão de moeda fiduciária em moeda digital (“on-ramp”) para redes já existentes (Imagem: Reuters/Philippe Wojazer)

A Visa se uniu à fornecedora de tecnologia blockchain ConsenSys, a fim de desenvolver uma nova infraestrutura que irá fornecer suporte ao lançamento de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês).

Catharine Gu, diretora de CBDC na Visa, disse ao The Block que as duas empresas estão consultando bancos centrais pelo mundo quanto ao desenvolvimento e potencial da moeda.

A nova tecnologia desenvolvida pelas empresas poderá ser ligada a módulos de pagamentos já existentes, o que significa que as companhias poderão integrar infraestrutura para emitir itens, como cartões de pagamento ligados à CBDC ou credenciais de carteiras.

A tecnologia será desenvolvida para fornecer a conversão de moeda fiduciária em moeda digital (“on-ramp”) para redes já existentes.

A dupla de empresas está no processo de integrar o módulo de pagamento da Visa com a infraestrutura da ConsenSys, para que a plataforma possa estar pronta para adentrar a tecnologia blockchain corporativa.  

Gu disse que as empresas estão estudando casos-piloto para testar a usabilidade na próxima primavera no hemisfério norte.

“Os próximos dois ou três anos serão críticos” em compreensão do papel que a CBDC terá em sistemas de pagamento no futuro, disse ela. “O desafio central é entender como novas formas de dinheiro podem coexistir com meios de pagamento e sistemas já existentes.”

Shailee Adinolfi, diretora de vendas estratégicas na ConsenSys, acrescentou que a interoperabilidade também é um desafio. “Estamos em busca de solucionar problemas de maneira direta”, acrescentou ela. 

CBDCs são um assunto polêmico entre empresários e legisladores. Observadores do setor de pagamentos questionaram os casos de uso dessas moedas e o potencial impacto no sistema bancário.

ConsenSys já está ajudando a Austrália, França, Hong Kong e Tailândia no desenvolvimento de suas respectivas CBDCs. Adinolfi disse que a Ethereum é a rede mais pedida pelos governos, devido às suas credenciais para escalabilidade e privacidade.

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