Startups batem recorde de investimentos. Otimismo vai continuar em 2022?
Expectativa sobre startups é otimista em 2022; entenda o porquê (Imagem: Divulgação)
O ano passado foi marcado por um investimento recorde de US$ 9,43 bilhões em 💥️startups no 💥️Brasil, segundo dados divulgados pela plataforma de inovação Distrito nesta última quarta-feira (12).
De acordo com o levantamento, houve 779 transações ao longo do ano passado. Só em dezembro foram 46 rodadas, que movimentaram um total de US$ 555 milhões em aportes.
O setor que recebeu maior volume de investimentos em 2023 foi o de 💥️fintechs, com US$ 3,7 bilhões em 176 rodadas, seguido pelo de 💥️varejo (US$ 1,3 bilhão em 87 negócios) e 💥️imobiliário (US$ 1,07 bilhão em 32 rodadas).
O otimismo vai continuar?
As perspectivas para o cenário macroeconômico não são boas.
Segundo as últimas estimativas do 💥️Banco Central, o 💥️PIB deve crescer 0,28% em 2022, a 💥️taxa básica de 💥️juros deve subir para 11,75% e a 💥️inflação tende a fechar o ano em 5,03%.
Para Guilherme Enck, cofundador da CapTable, o cenário macro é desafiador, mas não tende a trazer grandes problemas para as startups em 2022.
“Os últimos mostraram uma grande desconexão entre os investimentos em startups e o crescimento econômico do país, enquanto o cenário macro não foi bem, os investimentos em pequenas empresas de tecnologia só cresceu”, afirma Enck em entrevista ao 💥️Money Times.
De acordo com Enck, um outro fator surpreendente foi que em 2023, apesar da queda de 3,9% do 💥️PIB, o número de investimentos em startups dobrou.
Em 2023 o roteiro foi bem parecido: em meio à economia estagnada, houve um novo recorde de aportes no setor.
Sendo assim, o analista afirma que mesmo com um cenário econômico não muito favorável, o setor deve manter um bom volume de investimentos.
Enck afirma que mesmo com um cenário econômico não muito favorável, o setor deve manter um bom volume de investimentos (Imagem: Israel Baruk/CapTable)
Quem vai bombar e quem vai se dar mal em 2022?
O especialista lista dois principais segmentos que tendem a “se dar bem” em 2022.
São eles: as fintechs e as empresas de educação.
“As fintechs podem ter um novo período bom por causa das fusões e aquisições, vimos no último ano muitas empresas, como Méliuz e Nubank, fazendo aquisições e deixando o mercado bem aquecido. Os novos marcos regulatórios podem influenciar também esse segmento, como é o caso do open banking”, diz.
Já as empresas de educação, conhecidas com edtechs, devem seguir embaladas pela pandemia, que forçou a educação a distância, trazendo novos hábitos que tendem a ficar permanentes, estimulando o setor, segundo Enck.
Por outro lado, ele avalia que o setor de setor das govtechs, startups que trabalham para governo, tendem a sofrer com o ano eleitoral, devido a uma redução de licitações abertas, que normalmente acontece quando os eleitores vão às urnas.
“A saída para elas é de fato buscar alternativas no mercado privado, buscando trazer soluções tangíveis tanto no setor público, como no privado”, conclui.
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