Dólar sai de máximas contra real; mercado monitora protestos de servidores
Às 11:18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,17%, a 5,5176 reais na venda, depois de avançar 0,45% na máxima do dia, a 5,5521 reais na venda (Imagem: unsplash/@alexandratimis)
O 💥️dólar passou a cair nesta terça-feira, saindo de máximas acima de 5,55 reais alcançadas mais cedo, em meio a receios domésticos sobre protestos de servidores públicos e à força da moeda norte-americana no exterior.
Às 11:18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,17%, a 5,5176 reais na venda, depois de avançar 0,45% na máxima do dia, a 5,5521 reais na venda. Na mínima, a divisa caiu 0,40%, a 5,5052 reais.
Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,03%, a 5,5335 reais.
Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, disse à 💥️Reuters não ver notícias específicas como responsáveis por essa movimentação, caracterizando a baixa do dólar à vista como um “fluxo de entrada” pontual, apesar da cautela em relação a protestos do funcionalismo.
Com o prazo para sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente 💥️Jair Bolsonaro perto do fim, várias categorias de servidores públicos federais promovem nesta terça-feira 💥️manifestações nas ruas de Brasília e paralisação de atividades, em movimento para pressionar o governo a liberar reajustes salariais.
Os atos somam-se ao movimento de carreiras que estão entregando cargos de chefia e limitando a prestação de serviços.
“Temos argumentado aqui que esse é o risco fiscal mais importante no curto prazo”, disseram especialistas da 💥️XP em nota matinal. “Cada 1 ponto percentual de aumento salarial representa 3 bilhões de reais em despesas obrigatórias adicionais no próximo ano.”
O receio dos 💥️mercados é de que eventuais aumentos salariais abalem ainda mais a credibilidade fiscal do país, chacoalhada no ano passado pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do 💥️teto de gastos para permitir o financiamento de mais despesas do governo.
Enquanto isso, no exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de seis rivais fortes subia 0,3% nesta terça-feira, refletindo a alta nos rendimentos dos 💥️Treasuries, os títulos soberanos norte-americanos.
A taxa de dez anos & referência global para decisões de investimento& chegou a tocar uma máxima em dois anos mais cedo, e era negociada confortavelmente acima do patamar de 1,8%.
Já o rendimento do Treasury de dois anos, que reflete expectativas de curto prazo para os 💥️juros básicos nos 💥️EUA, superou 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2023 nesta terça-feira.
Essa movimentação refletia, segundo participantes do mercado, aumento nas apostas de que o 💥️banco central norte-americano será mais duro no combate à inflação ao longo de 2022.
Contratos futuros de 💥️juros precificam quatro elevações nos custos dos 💥️empréstimos neste ano na maior economia do mundo, com início desse ciclo já em março.
Juros mais altos nos EUA tendem a tornar a renda fixa de mercados emergentes & com maior rendimento, porém mais arriscada& menos atraente para investidores estrangeiros.
O dólar spot fechou a última sessão em alta de 0,26%, a 5,5271 reais.
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