Com mais uma aprovação, Cannabis se torna a promessa da indústria farmacêutica nacional
Cannabis é vista pela indústria farmacêutica como uma das promessas para o futuro dos tratamentos naturais (Imagem: Ease Labs/Victor Schwaner)
A indústria farmacêutica tem passado por intensas mudanças nos últimos anos. Ao contrário do que se esperava, os avanços 💥️tecnológicos fizeram com que um dos mais lucrativos mercados do mundo se voltasse para um produto natural e, até pouco tempo, marginalizado, a 💥️Cannabis.
A 💥️Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 💥️aprovou o décimo medicamento à base da Cannabis sativa no país nesta terça-feira (18). Popularmente conhecida como “maconha”, a planta possui uma série de propriedades medicinais com eficácia 💥️cientificamente comprovadas.
Desde a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 327/2019 pela Anvisa, o Brasil se juntou ao mercado de fármacos internacional no aumento das buscas por tratamentos naturais.
Segundo 💥️Gustavo Palhares, CEO da farmacêutica Ease Labs, o aumento da demanda por medicamentos naturais no país é resultado de uma tendência global. “Estados Unidos, Israel, e tantos outros países na 💥️Europa, já desenvolvem pesquisas com a Cannabis há um bom tempo e tem buscado regulamentar seus mercados”, afirmou.
No Brasil, outro episódio também foi importante para popularização desses produtos. Entre os anos de 2013 e 2014, mães brasileiras de filhos com epilepsia infantil passaram a pressionar as autoridades sanitárias a fim de permitir a importação de produtos com canabidiol (CDB) – uma das substâncias presentes na Cannabis – em território brasileiro.
A regulamentação da Cannabis no Brasil poderia gerar cerca 117 mil empregos e movimentar R$ 26,1 bilhões em quatro anos no país (Imagem: Unsplash/Richard T)
O medicamento já utilizado em outros países, apresentou alta eficácia no tratamento de doenças neurodegenerativas. De acordo com Palhares, o intercâmbio de pesquisas sobre tratamentos naturais fez com que a comunidade médica também aumentasse a quantidade de prescrições desses medicamentos.
Atualmente, as principais aplicações da Cannabis sativa e seus princípios ativos são para o tratamento de transtornos psiquiátricos, doenças neurológicas, relacionadas a dor e inflamações.
Entre as grandes corporações farmacêuticas o tema tem repercutido bem. A 💥️Pfizer (💥️PFIZ34) realizou uma 💥️aquisição de US$ 6,7 bilhões de uma das maiores farmacêuticas especializadas em análises da Cannabis, a Arena Pharmaceuticals. O investimento bilionário da empresa americana revela certa propensão do setor a inovação com a nova matéria-prima.
💥️Dados da Prohibition Partners estimam que o mercado de Cannabis latino-americano movimentou cerca de US$ 168 milhões apenas em 2023. A estimativa global para 2024, entretanto, é bem maior, em torno de US$ 55,3 bilhões. Para especialistas, em muitos países, os lucros não são ainda maiores devido a falta de leis e normas regulamentadoras.
Um levantamento feito esse ano pela empresa de inteligência de mercado Kaya Mind estima que a regulamentação da Cannabis no Brasil poderia gerar 117 mil empregos e movimentar R$ 26,1 bilhões em quatro anos no país. Os dados econômicos e científicos demonstram que a famosa “verdinha” tem um futuro promissor no país.
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