Nubank (NU) cai 20% desde estreia na Bolsa e já vale menos do que Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)
As receitas totais da fintech devem crescer 28% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 2,6 bilhões (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)
Após a desvalorização das últimas semanas, a ação do 💥️Nubank (💥️NU) negocia 20% do abaixo do preço definido na oferta pública inicial de 💥️ações (💥️IPO, na sigla em inglês), realizada em dezembro.
O banco digital vendeu papéis a US$ 9 na oferta, e na tarde desta terça-feira, 25, a cotação era de US$ 7,20 na Bolsa de 💥️Nova York.
O papel chegou a ser negociado a US$ 11,85 dias após a estreia, em sua máxima até agora. Desde então, caiu cerca de 40%, diante do contexto de mercado negativo para papéis de 💥️empresas de 💥️tecnologia.
A expectativa de altas de juros nos 💥️Estados Unidos neste ano tirou atratividade de ações de empresas com alto crescimento e lucro zero & como o Nubank.
Há duas semanas, a desvalorização do papel já havia feito a 💥️fintech perder o posto de instituição financeira mais valiosa da 💥️América Latina para o 💥️Itaú (💥️ITUB4), que ocupava o posto até o IPO do Nubank. Com a queda sofrida desde então, a instituição já vale menos que o 💥️Bradesco (💥️BBDC4).
O número de clientes deve chegar a 53,4 milhões (Imagem: Facebook/Nubank)
Em dólares, o segundo maior banco privado do País tem capitalização de US$ 35,6 bilhões. O Itaú é avaliado em US$ 40,5 bilhões.
Já o Nubank tinha valor de mercado de US$ 32,9 bilhões, cerca de US$ 9 bilhões a menos do que o valor com que estreou na Bolsa.
Após a bem-sucedida oferta inicial, as expectativas do mercado se voltam para os resultados do quarto trimestre de 2023, que serão os primeiros que o Nubank divulgará como companhia aberta. A fintech ainda não informou em qual data os números serão publicados.
Em relatório divulgado nesta segunda, 24, o 💥️Itaú BBA projetou que o Nubank apresentará lucro de R$ 203 milhões no período, mas que fechará 2023 com prejuízo de R$ 326 milhões.
As receitas totais da fintech devem crescer 28% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 2,6 bilhões, graças à expansão da base de cartões e da carteira de crédito como um todo.
O número de clientes deve chegar a 53,4 milhões.
O analista Pedro Leduc, do Itaú BBA, disse que a desvalorização das últimas semanas pode estar relacionada à combinação entre o cenário de mercado e as expectativas do investidor para as ações do Nubank. “Um cenário global mais adverso para growth (papéis de crescimento) tira o investidor internacional do papel. Sobra o local, e aí entra a perspectiva para o desempenho”, disse.
O BBA vê um ano desafiador para os bancos digitais brasileiros.
A casa ponderou que a dependência dos cartões de crédito como um problema. “Cartões de crédito são um produto-chave para a monetização e o engajamento em bancos digitais, e é onde provavelmente veremos a maior deterioração da inadimplência & particularmente entre brasileiros de menor renda, que respondem pela maior parte das bases de clientes do Nubank e do Pan”, afirmaram os analistas.
Procurado, o Nubank não comentou.
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